A mobilização, que terá lugar junto ao Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, irá envolver sindicatos, utentes e autarquias, e tem como objectivos impedir o encerramento dos serviços de Cuidados Paliativos e da Unidade de Convalescença, tal como pretende a administração hospitalar.
De acordo com a USS/CGTP-IN, a ameaça de encerramento que paira sobre as unidades referidas deve-se «à falta de profissionais», bem como ao facto de não haver ordem, por parte do Ministério da Saúde, «para contratar o pessoal para estas valências, nomeadamente enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica». Dá-se inclusive o caso de a administração estar «a dispensar profissionais que estavam nestes serviços», acrescenta.
A União de Sindicatos de Setúbal entende que o Ministério da Saúde e o Governo têm de fazer o que lhes compete, não retirando cuidados de saúde ao SNS, e exige «a contratação dos profissionais agora dispensados, bem como a contratação de mais profissionais, de modo a garantir o acesso à saúde de todos os utentes».
SEP exigiu esclarecimentos
Numa nota publicada no seu portal, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) informa que, a propósito dos despedimentos e encerramento de serviços na Unidade Local Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), «pediu esclarecimentos ao Conselho de Administração e interveio junto da tutela na exigência de mais e melhores cuidados de saúde para as populações».
A comunicação do presidente do Conselho de Administração da ULSLA, de 29 de Setembro, dirigida aos seus trabalhadores sobre a «Alteração Temporária em serviços da ULSLA», mereceu um pedido de esclarecimento da parte do sindicato, que se manifesta preocupado com «a diminuição da actividade assistencial».
Tendo em conta o compromisso existente, desde 24 de Março deste ano, entre o Ministério da Saúde e o SEP «para contratar e renovar contratos de enfermeiros», a organização sindical sublinha que não aceita esta realidade, exigindo «a imediata contratação, com vínculo definitivo, de enfermeiros, por forma a não só se manter a actividade assistencial, como também ajustá-la às reais necessidades das populações».
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