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Degradação do serviço público e perseguição a trabalhadores nos CTT

Dirigentes sindicais do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e das Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN) e da União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA/CGTP-IN) denunciam perseguição a trabalhadores para que efectuem rescisões.

CréditosInácio Rosa / Agência Lusa

No dia 24 de Novembro decorreu uma acção de denúncia junto aos CTT em Ponte de Sôr, distrito de Portalegre, que juntou vários dirigentes sindicais do sector. Durante a acção foi distribuído um comunicado em que se denuncia a perseguição a dois trabalhadores para que aceitem propostas de rescisão amigável.

O SNTCT denuncia ainda que, a nível nacional, têm sido verificadas «situações semelhantes com o intuito de reduzir o número de trabalhadores» ou então substituí-los por «trabalhadores com contrato de trabalho a termo certo» ou «agências prestadoras de serviços, com trabalhadores a recibos verdes».

Os CTT – Correios de Portugal, considerada uma empresa histórica e reconhecida internacionalmente pela sua excelência entre os serviços de correio do mundo, foram privatizados em 2014 pelo governo do PSD e do CDS-PP.

Desde então têm-se somado as críticas dos trabalhadores e das populações que têm notado uma acentuada degradação na qualidade do serviço público que a empresa fornece. O SNTCT apresenta como exemplos as «constantes anomalias, com efectiva responsabilidade dos CTT» que se traduzem no fim da distribuição diária do correio, no aumento dos tempos de espera e dos casos de atrasos na correspondência, em trabalhadores extenuados, no fecho de muitos postos de correios e na falta de trabalhadores que leva a longos tempos de espera nas estações.

O mesmo sindicato também assume como «urgente a reversão da privatização dos CTT» como forma de garantir a qualidade deste serviço público que em mãos privadas traduziu-se na «degradação de um dos melhores serviços públicos do País».

Na semana passada, 23 e 24 de Novembro, os carteiros do Centro de Distribuição Postal de Alverca e Vila Franca de Xira estiveram em greve pelos mesmos motivos. Segundo o sindicato a taxa de adesão foi de 85%.

 

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