Francisco Figueiredo, dirigente do Sindicato da Hotelaria do Norte, explicou ao AbrilAbril que os trabalhadores, reunidos em plenário no passado dia 16 de Dezembro, decidiram suspender a greve depois de a administração referir que tem uma nova proposta para apresentar numa nova reunião de negociação, que deve realizar-se na última semana de Dezembro.
Em causa está o despedimento colectivo das sete trabalhadoras que prestam serviços de limpeza nos quartos do Hotel Carris Porto Ribeira. A administração justifica o despedimento com a contratação de empresas exteriores de limpeza para essa necessidade, sob pretexto da sazonalidade e de ser mais barato.
No comunicado do sindicato que anunciava a greve, lia-se que «a ocupação hoteleira no Porto deixou de ser sazonal há muito tempo» e que o facto de ser mais barato não é aplicável, pois «para fundamentar um despedimento colectivo tem de haver necessidade imperiosa do despedimento para salvar a empresa e manter os demais postos de trabalho, o que não é o caso».
Além disso, o sindicato afirma que «a situação do sector é a melhor de sempre desde 2013» e que o Hotel Carris Porto «tem uma boa ocupação ao longo do ano», tendo aumentado o número de quartos de 90 para 160.
Francisco Figueiredo acrescenta que o sindicato solicitou a intervenção do Governo e que sabe que foram disponibilizados à empresa fundos comunitários, o que pressupunha «que houvesse respeito pelos direitos dos trabalhadores». Volta ainda a lembrar que a empresa «não vai extinguir estes postos de trabalho», argumento que inicialmente utilizou.
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