A Escola Básica 2/3 Manuel da Maia, localizada em Campo de Ourique, em Lisboa, esteve fechada esta manhã devido à greve parcial dos trabalhadores não docentes, em protesto pela falta de pessoal.
A greve iniciou-se hoje de manhã e irá decorrer até à próxima quinta-feira, entre as 7h30 e as 10h. Os trabalhadores da escola e os encarregados de educação estiveram esta manhã concentrado em frente à escola.
Conceição Cardoso, uma das funcionárias na concentração, em declarações à RTP, afirmou que a escola tem sete funcionárias ao todo mas durante a manhã só tem três — uma não pode sair da portaria, outra tem de ficar no ginásio e a restante tem que gerir sozinha cinco pisos, cada um com dez salas.
No ano lectivo passado estavam colocadas 12 funcionárias na escola mas esta perdeu metade dos trabalhadores por razões de reforma ou de deslocação ao abrigo da mobilidade na Função Pública. De momento são seis, três entram de manhã e outros três à tarde. Por ser uma escola de agrupamento, também é desta que saem as funcionárias para preencher as faltas noutras escolas.
Uma situação insustentável, explicou Conceição Cardoso, que questionou «o que é que os nossos governantes fariam nesta situação, se alguma criança se magoa ou se alguma sai da aula por mau comportamento, se há um problema qualquer, o que é que podemos fazer?», realçando ainda que são 550 alunos.
Luís Esteves, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (CGTP-IN), em declarações citadas pelo Público, relatou também que «as escolas [deste agrupamento escolar] estão no limite e decidiu-se que era altura de chamar a atenção para este grave problema. Se a situação já está no limite, nem queremos imaginar se alguma delas ficar doente».
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