Em conferência de imprensa, realizada esta manhã, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) anunciou a decisão de avançar com dois dias de greve nacional para 22 e 23 de Março.
O SEP acusa o Ministério da Saúde de «não concretizar os compromissos assumidos» em Outubro de 2017 e de, invés de resolver os actuais problemas, agravá-los ou criar novos.
O sindicato aponta para as milhares horas extraordinárias por pagar aos enfermeiros, a ausência do suplemento para especialistas, que devia ter sido pago em Janeiro mas nem sequer foi ainda legislado, e a inexistência de negociações para a revisão da carreira de enfermagem.
Em causa estão os vários problemas no sector, dos quais se destacam ainda as várias denúncias de despedimentos, a ausência de novos concursos de admissão e a escassez de enfermeiros nos serviços em plena época alta de afluência de doentes aos serviços, que estão a funcionar com carência de meios.
Um exemplo concreto deste problema é a saída de mais de 500 enfermeiros dos hospitais para os centros da saúde, ao abrigo de um concurso, e que vão ficar por preencher, visto que não estão a ser admitidos novos profissionais para ocupar estas funções.
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