No ano em que se assinalam os 500 anos sobre a primeira representação da mais conhecida obra de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno), A Escola da Noite e o Cendrev ensaiam Embarcação do Inferno, com encenação conjunta de António Augusto Barros e José Russo.
O grupo de teatro de Coimbra e o Centro Dramático de Évora assumem-se como as companhias portuguesas que mais aprofundadamente têm trabalhado os textos vicentinos. Partilham a admiração pela obra deste autor e a forma como gostam de a trabalhar: «com abordagens cénicas contemporâneas, feitas com o desafio e o prazer acrescidos de respeitar os textos originais».
Em contraponto ao que chamam de afunilamento dos programas escolares em torno de uma ou duas peças, tanto A Escola da Noite como o Cendrev apostam na diversificação das propostas e em mostrar a riqueza do repertório vicentino, composto por mais de 40 peças.
Por aqui passa também a prestação do «serviço público» que estas companhias assumem como sua missão, no âmbito dos contratos que têm vindo a estabelecer com o Ministério da Cultura e as respectivas câmaras municipais.
O espectáculo estreia em Évora, a 6 de Outubro, no Teatro Garcia de Resende, onde cumprirá uma temporada de quatro semanas, para o público em geral e para o público escolar. Idêntica duração terá a temporada de Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, entre os dias 10 de Novembro e 4 de Dezembro.
Depois de O Abajur Lilás, de Plínio Marcos, Embarcação do Inferno é a segunda co-produção destas companhias.
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