«E porque sábado é quando uma pessoa quiser, neste novo ano os Sábados para a Infância estendem-se por alguns domingos», alerta A Escola da Noite - Grupo de Teatro de Coimbra, com palco no Teatro da Cerca de São Bernardo. É que já nem todas as actividades projectadas para o programa dos Sábados para a Infância se conseguem cingir a um só dia.
A companhia de teatro de Coimbra teve a primeira aparição pública a 27 de Março de 1992. Desde então, estreou 72 novas criações, ao longo de três décadas de trabalho contínuo. A Escola da Noite arranca o ano de comemorações de 30 anos de existência com «Trabalhos de Casa», um ciclo de quatro dos seus mais recentes espectáculos que será apresentado no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB), em Coimbra, entre Janeiro e Abril de 2022. Os dois primeiros, em co-produção com o Centro Dramático de Évora (Cendrev), são as mais recentes abordagens d'A Escola da Noite ao universo vicentino: Embarcação do Inferno, estreado em 2016, e Floresta de Enganos, estreado em Évora no passado mês de Dezembro. Palhaço velho, precisa-se e Cidade, Diálogos são os dois outros espectáculos que voltam ao palco do TCSB, «construídos a partir da escrita contemporânea, linha de trabalho que ocupa dois terços do conjunto das produções da companhia», refere a companhia em comunicado. A peça Palhaço velho, precisa-se é uma revisitação à obra do romeno Matéi Visniec, um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos, de quem o grupo apresentou já dois outros espectáculos. Cidade, Diálogos, que encerra a mostra «Trabalhos da Casa», adapta uma obra não teatral de Gonçalo M. Tavares, prosseguindo assim uma via de experiências cénicas que a companhia tem empreendido com autores como Ruy Duarte de Carvalho, Kafka, Adélia Prado, Manoel de Barros, entre outros. I Clowns, de Federico Fellini, The General, de Buster Keaton, e Lola Montés, de Max Ophüls, passam no Teatro da Cerca de São Bernardo (Coimbra) quartas-feiras à noite, entre 16 e 30 de Setembro. A par da peça Palhaço velho, precisa-se, que o grupo de teatro conimbricense tem em cena, de quinta a domingo, até 4 de Outubro, e que representa o reencontro de três palhaços velhos e sem trabalho numa sala de espera onde aguardam por uma entrevista de emprego e precisam de provar que estão à altura da «oportunidade», o Teatro da Cerca de São Bernardo apresenta um ciclo de três clássicos do cinema dedicados à temática do clown e da arte circense. O filme de Fellini, um semi-documentário sobre palhaços feito para a televisão, rodado em Itália e em Paris (falado em italiano e com legendas em inglês), abre este ciclo na próxima quarta-feira, às 21h30, seguindo-se, a 23 de Setembro, às 21h30, The General (filme mudo, com entretítulos em inglês), de Buster Keaton e Clyde Bruckman, uma comédia romântica que em Portugal recebeu o título Pamplinas Maquinista. Por fim, na última quarta-feira deste mês, também às 21h30, será exibido o filme Lola Montés (falado em francês e com legendas em português), do realizador alemão Max Ophüls e que conta a história de uma bela artista circense do século XIX que ficou famosa pelos seus relacionamentos escandalosos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O ciclo, que promove a «proximidade» e a «leitura do percurso artístico d'A Escola da Noite», arrancou esta quinta-feira com a estreia, em Coimbra, de Floresta de Enganos. Segue-se Embarcação do Inferno, que será apresentada de 15 a 27 de Fevereiro e Palhaço velho, precisa-se, de 24 de Março a 3 de Abril. Cidade, Diálogos será apresentada de 14 a 30 de Abril, mas o programa completo das comemorações dos 30 anos vai estender-se, segundo a companhia, até 27 de Março de 2023. A companhia de teatro fez a sua primeira prova pública de existência a 27 de Março de 1992, com a estreia de Amado Monstro, de Javier Tomeo. Desde então, «estreou 72 novas criações, ao longo de três décadas de trabalho contínuo e regular, sem interregnos, que o grupo deseja celebrar com o público». No seu manifesto inicial (1992), a companhia afirmava querer «contribuir, pela sua visão e interesses teatrais próprios, para a diversificação do olhar e do espectro de escolha do espectador». «Defendia-se, assim, a autonomia da criação artística, mas reservando um papel decisivo, constituinte e integrado no processo evolutivo da companhia para um público que se desejava crítico e próximo», lê-se na nota. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Cultura|
A Escola da Noite faz 30 anos
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Escola da Noite apresenta três clássicos do cinema dedicados à arte circense
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O caso mais evidente é o da «irreverente e provocadora personagem» criada por Ricardo Kalash, o Guarda Chaves, que vai realizar 3 visitas guiadas a 3 espaços da cidade «recheados de história e de segredos»: o Seminário Maior (dia 8 de Janeiro, já esgotada), o Pátio da Inquisição (5 de Fevereiro) e o Jardim Botânico (5 de Março), sempre aos Domingos.
Mas estamos a pôr o carro à frente dos bois: a primeira iniciativa dos Sábados para a Infância em 2023 acontece já este sábado, no dia 7 de Janeiro, entre as 10h30 e as 13h, com uma oficina dinamizada pela ilustradora Ana Biscaia para o desenho de novas almofadas para as sessões de leitura, partindo do Primeiro Livro de Poesia, de Sophia de Mello Breyner Andresen, com ilustrações de Júlio Resende.
Ainda em Janeiro, as manhãs de sábado incluem uma nova sessão de Flores de Livro, com Cláudia Sousa, para maiores de 3 anos (dia 14, às 11h), o espectáculo de teatro Jeremias Peixinho, do Cendrev, com encenação de José Caldas (dia 21, às 11h) e a oficina de trava-línguas, concebida e dirigida pela cantora Catarina Moura (dia 28, às 11h).
Fevereiro é mês de Brasil, Março experimenta com o teatro, a música, a ilustração e as histórias
A obra da cenógrafa tem a chancela da Página a Página e será apresentada no próximo sábado, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, por Isabel Craveiro, actriz e directora artística do Teatrão. Desenho e Criação no Trabalho Cenográfico em Portugal, assim se intitula o novo livro da investigadora e cenógrafa Filipa Malva, que reúne «treze entrevistas a outros/as tantos/as cenógrafos/as e figurinistas portugueses/as e analisa, a partir de trabalhos para espectáculos concretos, o lugar do desenho nos seus processos de criação artística», lê-se num comunicado d'A Escola da Noite, que organiza o lançamento em conjunto com a editora Página a Página. Daniel Tércio, crítico e artista plástico que assina o prefácio da obra, destaca o facto de se tratar de «um grupo de cenógrafos reconhecidos e activos nas artes performativas portuguesas», entre os quais se incluem Carlota Lagido, Inês de Carvalho, José Carlos Faria, José Manuel Castanheira, Marta Carreiras, Rui Francisco e Ana Rosa Assunção, membro e co-fundadora d'A Escola da Noite. «Daniel Tércio afirma que o livro deixa claro que "aquilo que se convencionou designar por cenografia pode ser entendido como uma parcela mais vasta, que poderemos então designar como desenho cenográfico"». o mesmo tempo assinala as «quatro tipologias essenciais no desenho enquanto sistema relacional», e que Filipa Malva identificou a partir das entrevistas realizadas – registo de movimento e acção; proposta de conceitos e materiais cenográficos; existência material em palco, gerando espaço e tempo; complemento do corpo (vestindo-o ou percorrendo-o). «Estas tipologias – afirma Daniel Tércio – são perspicazes e adequadas às vozes dos artistas aqui reunidos", num livro que vem "revelar a consistência de um ofício e das práticas que lhe estão associadas" e contribui, "também ele, para o desenho de um território"», refere-se no comunicado. Na introdução da obra, Filipa Malva, que marcará presença na sessão de lançamento, defende que estas entrevistas «são também a prova de que o desenho, como forma de pensar e decidir, é essencial no desenvolvimento e concretização do mundo imaginado», no palco ou na rua. A apresentação de Desenho e Criação no Trabalho Cenográfico em Portugal acontece este sábado, na livraria do Teatro da Cerca de São Bernardo, pelas 18h30. A entrada é livre. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Cultura|
Filipa Malva lança livro de desenho e criação no trabalho cenográfico
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No segundo mês de 2023, o Brasil está, claramente, em destaque: o músico e cantor Alex Lima abre o ciclo de cultura brasileira no dia 4 de Fevereiro com a oficina de música Canções ilustradas. Dia 11, Ricardo Kalash dirige uma oficina de teatro inspirada pela Lenda de Saci Pererê, para crianças entre os 6 e os 12 anos. O transformado espaço do sub-palco do Teatro acolhe, no dia 18, o Alex Lima e Vânia Couto para a apresentação do concerto Outros tempos do canto, que junta músicas tradicionais do Brasil e Portugal. Finalmente, a 25 de Fevereiro, a artista Dani Zulu dirige uma oficina de ritmo e percussão corporal, pensada para crianças a partir dos seis anos.
Hugo Inácio estreia-se, em Março, como dinamizador das oficinas de teatro no dia 4, numa iniciativa pensada para crianças entre os 6 e os 12 anos. Ricardo Kalash regressa com uma oficina para crianças mais novas (dos 3 aos 5 anos, no dia 11). A dupla Joana Corker e Erika Machado, apresentam uma nova edição da oficina Como se desenha a Música?... para maiores de 4 anos, no dia 18. Helena Faria, com os Contos da Caixa, fecha o primeiro trimestre do novo ano, com uma sessão no dia 25 de Março pensada para adultos e crianças a partir dos 3 anos.
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