Na passada quinta-feira, os trabalhadores da Groz-Beckert, empresa fabricante de agulhas, concentraram-se à porta das suas instalações, em Vila Nova de Gaia, para exigir aumentos salariais, enquadrados nos bons resultados financeiros da empresa, e a aplicação do Contrato Colectivo de Trabalho.
Os trabalhadores reivindicam um aumento salarial de 40 euros e assumem que irão protestar todas as sextas-feiras, até dia 3 de Setembro, caso a administração não responda positivamente às suas reivindicações.
Segundo os trabalhadores, a contratação colectiva tem sido atacada por parte da administração com a retirada de direitos, de é exemplo o direito de assistência à família, ao abrigo do Contrato Colectivo de Trabalho Vertical da Metalurgia.
O Sindicato do Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (Site-Norte) considera que a administração «tentou fugir» ao aumento de salários através da atribuição de um prémio constituído por 30 euros anuais ou por tickets de alimentação.
O Site-Norte defende que, com este procedimento, a administração tem a intenção «de dividir os trabalhadores e, assim, não efectuar uma real e justa valorização dos seus níveis salariais». Acusa ainda a empresa de, com este método, acabar por servir as grandes superfícies comerciais e as grandes cadeias de restauração, em vez de se responsabilizar directamente perante os trabalhadores.
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