Segundo informação do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), avançada pelo Público, os sindicatos dos tripulantes de cabine de Portugal, Itália, Bélgica e Espanha decidiram avançar com um pré-aviso de greve para os dias 25 e 26 de Julho. Para o início desta tarde está marcada uma conferência de imprensa, em que serão dados mais pormenores.
A paralisação resulta de uma resposta negativa da empresa após dois dias de negociação. Melhores condições de trabalho, salários dignos e contratos laborais de acordo com a legislação de cada país, em vez de assentes na lei irlandesa, são algumas das reivindicações que os tripulantes de cabine das bases europeia e norte-africanas apresentaram esta semana à companhia, em Dublin.
Esta terça-feira, foi a vez de os pilotos desta companhia de baixo custo anunciarem uma greve de 24 horas para 12 de Julho. Após meses de negociações, a Associação de Pilotos Aéreos Irlandeses (IALPA) denuncia que a empresa não «leva a sério» as exigências destes profissionais e que não houve progressos suficientes em relação à melhoria salarial e condições de trabalho.
«A desculpa do mau tempo»
No início deste ano, a Ryanair insurgiu-se contra as greves dos controladores de tráfego aéreo (ATC) franceses. Na terça-feira, a companhia responsabilizou as paragens dos controladores de tráfego aéreo e a falta de pessoal nos seus quadros franceses, ingleses e alemães pela suspensão de mais de 1100 voos no mês de Junho, em comparação com os 41 registados no mesmo mês do ano anterior.
Ao mesmo tempo, apelou a «uma acção urgente por parte da Comissão Europeia e governos europeus para atenuar os efeitos das greves e faltas de pessoal da ATC no Reino Unido, Alemanha e França que perturbam os planos de viagem de milhões de consumidores europeus neste Verão».
Apesar das críticas, a companhia aumentou o seu tráfego em Junho, na comparação homóloga, em 7%, para um total de 12,6 milhões de passageiros. O tráfego anual também subiu 7%, para os 132,9 milhões de pessoas.
O presidente executivo da Ryanair, Michael O'Leary, já tinha advertido no mês passado, que a «situação é particularmente grave durante os fins de semana», quando os controladores aéreos alemães, franceses e britânicos «utilizam como desculpa o mau tempo e eufemismos como "restrições de capacidade"».
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