|Bélgica

Pilotos belgas da Ryanair em greve pela terceira vez num mês

Em luta por melhores condições e salários, os pilotos da companhia aérea Ryanair no Aeroporto de Charleroi (Bruxelas Sul) anunciaram a terceira paralisação num mês, agendada para dias 14 e 15.

CréditosVirginie Lefour / Belga / The Brussels Times

O sindicato belga CNE, filiado na Confederação de Sindicatos Cristãos (CSC/ACV), informou que a greve é o resultado da «intransigência da administração da Ryanair».

Em causa estão as condições de trabalho, em particular os tempos de descanso, bem como aumentos salariais, com os trabalhadores a acusarem a companhia irlandesa de obter grandes lucros, sem ter revertido a política de cortes salariais implementada durante o surto epidémico de Covid-19.

De acordo com The Brussels Times e outras fontes belgas, apesar das diversas reuniões realizadas entre representantes dos trabalhadores e administração da Ryanair, não houve avanços.

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Direito à greve em causa no protesto dos tripulantes da Ryanair em Espanha

Os primeiros 2 de 10 dias de greve agendados para Setembro contra o encerramento de 4 bases da Ryanair em Espanha ficaram marcados pelos serviços mínimos «abusivos» e a substituição ilegal de trabalhadores.

Companhia aérea tem trazido tripulantes estrangeiros para operarem os voos de Portugal durante a greve
Companhia aérea recorre a tripulantes estrangeiros para operarem os voos nos países onde os trabalhadores estão em greve Créditos / Pixabay

A agência Efe refere a existência de atrasos nalguns voos e o cancelamento de menos de uma dezena de voos previstos para esta segunda-feira pela companhia irlandesa de baixo de custo, no decorrer da segunda jornada de greve dos tripulantes de cabina, convocada pela União Sindical Operária (USO) e pelo Sindicato Independente de Tripulantes de Cabina de Passageiros de Linhas Aéreas (SITCPLA) contra o encerramento de três bases da Ryanair nas Ilhas Canárias e uma em Girona (Catalunha), que implicarão o despedimento de 512 trabalhadores.

A USO denunciou o recurso «abusivo» aos serviços mínimos, fixados pelo Ministério do Fomento espanhol em 100% no caso dos voos não peninsulares, 60% no dos peninsulares e internacionais com deslocação igual ou superior a cinco horas e 35% no dos peninsulares com tempo de deslocação inferior a cinco horas.

A estrutura sindical denunciou ainda junto da Inspecção de Trabalho a substituição ilegal de trabalhadores levada a cabo pela Ryanair, tendo referido, em concreto, que um voo entre Tenerife Sul e Barcelona «foi completado com uma tripulação alemã» e que a Ryanair procedeu à alteração da base de operações dos voos entre Tenerife e Liverpool de modo a que fossem realizados por uma tripulação da cidade britânica.


Com tudo isto, o sindicato afirma que os trabalhadores foram obrigados «a operar 99% dos voos programados». «Até o comité de greve está a voar», acrescentou ontem a USO.

Tal como ocorreu em Portugal no final de Agosto, o direito à greve dos tripulantes da Ryanair em Espanha foi altamente limitado nestes primeiros dois dias de Setembro. Seguem-se, convocados pelas estruturas sindicais referidas, paralisações nos dias 6, 8, 13, 15, 20, 22, 27 e 29 de Setembro.

Também os pilotos da companhia aérea irlandesa de baixo custo decidiram avançar para a greve, pelos mesmos motivos que os elencados pelos tripulantes de cabina, refere o elperiodico.com.

Para hoje estava agendada uma reunião entre o Sindicato Espanhol de Pilotos de Linhas Aéreas (SEPLA) e o Serviço Interconfederal de Mediação e Arbitragem (SIMA) e, como não houve novidades no encontro, a estrutura sindical anunciou formalmente a convocatória de uma greve para os dias 19, 20, 22, 27 e 29, que abrange 900 pilotos, refere a agência Reuters.

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O dirigente sindical Didier Lebbe, do CNE, afirmou que, até ao momento, «não recebemos uma proposta válida» da Ryanair. «Tudo o que recebemos foram ameaças e propostas ilegais», denunciou, citado pelo The Brussels Times.

Segundo as estruturas sindicais que representam os pilotos, a Ryanair altera os seus horários e períodos de descanso, numa violação clara do acordo colectivo de trabalho vigente.

Lebbe acusou ainda o director-executivo da empresa irlandesa de responder às reivindicações dos trabalhadores «limitando-se a fazer corta e cola daquilo que o director de recursos humanos já nos enviou».

A greve agora anunciada no Aeroporto de Bruxelas Sul – Charleroi dá sequência às ali realizadas a 15 e 16 e 29 e 30 de Julho, que levaram ao cancelamento de centenas de voos.

Esta paralisação não tem lugar ao fim-de-semana, mas incide na ponte do feriado da Assunção (15 de Agosto), numa época do ano em que é habitual haver muito movimento de passageiros.

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