direito à habitação

Neste sábado, as maiores cidades do País foram palco de manifestações, convocadas por dezenas de organizações, por habitação acessível a todos e contra a especulação imobiliária.

A Fidelidade está a aproveitar o veto da lei que reforçava o direito de preferência dos seus inquilinos para concretizar a venda de algumas das cerca de 2000 casas que negociou com a Apollo.

Um conjunto alargado de associações de Lisboa e do Porto convocaram esta segunda-feira uma manifestação a realizar nas duas cidades, em 22 de Setembro, contra a especulação imobiliária. 

Os preços da habitação em Portugal devem sofrer a maior subida de um conjunto de dez países europeus neste ano, segundo um relatório da agência de rating Standard & Poors.

Para prevenir os impactos negativos do turismo intenso, os eleitos do PCP na Câmara de Lisboa propõem definir a capacidade de carga turística para a capital, à semelhança de outras cidades europeias.

Com a especulação imobiliária em alta, as famílias perdem a capacidade de arrendar uma casa. A procura de quartos já não está reservada aos estudantes mas também aqui os preços são incomportáveis.

A CDU contesta a intenção de o presidente da Câmara de Gaia seguir com o projecto do anterior executivo, que prevê o despejo dos moradores, e insiste que a empreitada é compatível com as habitações.  

«Mais habitação, menos especulação» é o lema da iniciativa marcada pelo Movimento Direito à Cidade que pede a revogação da lei dos despejos e a suspensão de novas unidades hoteleiras. 

A obra, a singularidade e autenticidade «inquestionáveis» deram o mote à Ordem dos Arquitectos para a cerimónia de homenagem a Álvaro Siza, no dia 3, na  Faculdade de Arquitectura do Porto.