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Fidelidade aproveita veto de Marcelo para fechar venda de casas

A Fidelidade está a aproveitar o veto da lei que reforçava o direito de preferência dos seus inquilinos para concretizar a venda de algumas das cerca de 2000 casas que negociou com a Apollo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sessão solene comemorativa dos 44 anos da Revolução de Abril na Assembleia da República, em Lisboa. 25 de Abril de 2018
CréditosAntónio Cotrim / Agência LUSA

As escrituras da venda de alguns dos 277 imóveis que a Fidelidade decidiu vender ao fundo de investimento norte-americano Apollo já estão assinadas, escreve o Jornal de Negócios na sua edição de hoje.

A seguradora privatizada pelo anterior governo do PSD e do CDS-PP só espera concretizar a alienação de todo o seu património imobiliários, integrado por cerca de 2000 fracções, até ao final do ano. O avanço do processo só foi possível pelo veto do Presidente da República à lei que reforçava o direito de preferência dos arrendatários no caso destas vendas em bloco.

A Fidelidade notificou os seus inquilinos que podiam exercer o direito de preferência face ao negócio com a Apollo, de acordo com a lei. Mas estes só podiam concretizá-lo em relação a todo o patrimonio envolvido no negócios, o que, na prática, o tornou proibitivo.

A aprovação da alteração legislativa foi acelerada precisamente para proteger os inquilinos da Fidelidade, alguns dos quais já receberam notificações da empresa no sentido de terminar os contratos. O veto de Marcelo, que o assumiu como político, veio pôr em risco essa intenção.

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