grandes empresas

A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas considera que as opções do Governo estão dirigidas para os grandes grupos económicos e, neste sentido, divulgou um conjunto de propostas para o Orçamento de Estado de 2025. 

Ao fazer uma avaliação das medidas anunciadas pelo Governo, as micro e pequenas empresas questionam a que tecido económico as mesmas se destinam e concluem que a si «certamente que não».

Com a justificação de «dinamização do mercado de capitais», o Governo apresentou uma proposta de criação de novos benefícios fiscais. Mais uma vez a AD prova que governa para os grandes grupos económicos, para os milionários e especuladores.

Havia opções em cima da mesa: ou colocar termo a um injusto regime de benefícios fiscais ou acompanhá-los. O Governo PS preferiu a segunda e vendeu-a como uma «reforma» que na prática nada muda, mantendo todo o regime de privilégios. 

As grandes empresas continuam a aumentar os lucros, mas o mesmo não se pode dizer das micro e pequenas empresas. No fundo é o sistema económico a funcionar: os monopólios criam-se e as camadas anti-monopolistas desaparecem.

Para além da TAP avançou o processo de privatização da Efacec. A empresa que foi nacionalizada por má gestão privada chegou a ter como destino a Mota Engil, mas esta desistiu ao cair do pano. Há agora quatro interessadas.

O grande grupo económico Pluris Investments recebeu 40 milhões de euros do Banco Português de Fomento, 52% do total atribuído pelo Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência. Em sentido contrário estão as Micro Pequenas e Médias Empresas que ainda só receberam 25 milhões de euros de tudo o que lhes estava prometido. 

Tentam contrapor o insuficiente pagamento do adicional de internet e de electricidade, que lhes cabe, com a alegada poupança dos trabalhadores em deslocações e refeições fora de casa. 

Num quadro de crise económica e social, as empresas cotadas em bolsa vão distribuir lucros. Semapa, Sonae SGPS e Ramada Investimentos aumentam as remunerações dos accionistas.