Professores

A culpa é do Governo que insiste em fazer ouvidos moucos. Professores vão mesmo avançar com uma greve no dia 12 de Setembro ao sobretrabalho, horas extraordinárias e componente não lectiva de estabelecimentos.

Numa primeira apreciação aos números das colocações, a Fenprof considera que se confirma que a vinculação foi curta e que a falta de professores tenderá a agravar-se.

A Fenprof afirma que o ministro da Educação usa números para criar cenários que disfarçam a realidade ao afirmar que 65 000 professores irão progredir na carreira e que o diploma promulgado «aspira» a reposição do tempo de serviço. 

Mais um ano, mais constrangimentos que já se verificam. O corte no crédito horário a atribuir às escolas está a criar problemas na preparação do ano letivo 2023/2024.

A greve de 48 horas segue-se à paralisação realizada a 26 de Julho. O Colégio de Professores do Chile anunciou que o protesto tem carácter «ascendente», até que o governo responda ao caderno reivindicativo.

Em comunicado, a Fenprof reiterou os objectivos da luta dos professores, saudando quem luta com respeito. No mesmo comunicado, demarcou-se dos grupos que usam o «insulto e o populismo» vincando que tais acções não «dignificam os professores e a sua justa luta».

As Organizações Sindicais de Docentes reuniram hoje e a conclusão é simples: face à falta de vontade política do Governo e do Ministério da Educação para negociar soluções para os problemas a luta continuará até final do ano escolar e desde o início do próximo. 

A data não foi escolhida ao acaso, uma vez coincidir com os seis anos, seis meses e 23 dias, tempo de serviço que os professores têm por recuperar. Estão também agendadas manifestações em Lisboa e no Porto.

De Chaves a Faro, de Norte a Sul do país, se perfazem os 738,5 km da EN2. A caravana de professores arrancou hoje e vai andar na estrada até ao próximo dia 30, com dezenas de iniciativas agendadas pelo caminho.

As organizações sindicais de docentes não desarmam e vão avançar com uma caravana pelo país intitulada «Pela Profissão Docente e pela Escola Pública». A  Estrada Nacional 2 será o caminho da luta. 

A Fenprof critica a promulgação, pelo Presidente da República, do diploma sobre recrutamento e concursos de docentes, que, frisa a estrutura sindical, «está longe» de corresponder às propostas apresentadas.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN) estima que 110 mil docentes tenham aderido às greves no início do ano. Nova ronda de greves por distrito (sempre a partir das 12h) arrancam no Porto, dia 17.

As greves distritais, entre 17 de Abril e 12 de Maio, só vão começar às 12h. A serem inviabilizadas, por decisão do Governo PS, «seria atentatório e violador do direito à greve», afirma a Fenprof.

Após a reunião com representantes da Comissão Europeia, a Fenprof e outros 8 sindicatos de professores entregaram as queixas formais que apresentaram contra o Ministério da Educação pelo ataque ao direito à greve.

Sem acordo com o Governo PS, nove organizações sindicais (incluíndo a Fenprof) preparam novas lutas: greve a todo o trabalho extraordinário, greves distritais entre 17 de Abril e 12 de Maio e manifestação a 6 de Junho.

A greve na Educação pública em Navarra tem lugar devido à «falta de reacção» do governo navarro. «Não se brinca com o direito à educação pública, gratuita e de qualidade», afirmam os sindicatos.

Após dois dias de greve, 80 mil docentes desfilaram este sábado em Lisboa e no Porto contra as propostas do Governo e a falta de abertura para negociar exigências como a recuperaçao do tempo de serviço.