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Greve dos professores no primeiro dia de aulas

A culpa é do Governo que insiste em fazer ouvidos moucos. Professores vão mesmo avançar com uma greve no dia 12 de Setembro ao sobretrabalho, horas extraordinárias e componente não lectiva de estabelecimentos.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN), Mário Nogueira, participa numa concentração de professores à porta do Ministério da Educação, Lisboa, 20 de Janeiro de 2023, após uma reunião com a tutela. 
CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

Novo ano, velha inflexibilidade do Governo e velhas lutas. A Fenprof, em nota de imprensa, anunciou que a frente sindical constituída pela ASPL, Fenprof, FNE, Pró-Ordem, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU decidiu avançar para uma nova greve a abrir o ano lectivo. As razões para a greve são simples já que «o Ministério da Educação nada fez no sentido de regularizar os horários de trabalho dos docentes», pode ler-se no comunicado.

Já há muito que os sindicatos insistem na necessidade da eliminação dos abusos e ilegalidades que, em muitas escolas, obrigam os professores a trabalhar muito para além do limite de 35 horas semanais que a lei estabelece. Acresce a isto que a falta de professores tem levado muitas escolas a aumentarem ainda mais a carga letiva dos docentes, com a atribuição de serviço extraordinário, situação que, no próximo ano letivo, se poderá agravar, devido ao corte no crédito de horas destinado à concretização dos planos de recuperação de aprendizagens.

As estruturas representativas dos professores dizem que face à não resolução dos evidentes problemas a solução é partir para as greves a partir de 12 de setembro, primeiro dia do ano letivo. Ainda assim, com a intenção vincada, as mesmas não fecham a porta ao diálogo e dizem manter a disponibilidade para resolver os problemas relacionados com os horários de trabalho, entre outros.
 

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