TAP

Olhando para o futuro da TAP, importa estabelecer uma relação mutuamente vantajosa com a Azul de David Neeleman e acabar com o diferendo. O Governo já deveria ter feito algo para ajudar a resolver a questão.

Clara Ferreira Alves é o espelho da classe comentadeira na comunicação social dominada: arrogante, contundente, ignorante. E completamente alinhada com a ideologia dominante.

Não houve proposta da Lufthansa. Não houve avaliação independente da companhia, que a avaliou em mil milhões de euros. Mas, se tivesse havido, alterava a realidade contabilística da empresa? Claro que não. É tudo ilusionismo.

Ora, como se chama a alguém que compra uma empresa sem investir um tostão, que desenvolve um plano de investimentos sem arriscar um tostão e onde todo o risco está colocado sobre o país e os trabalhadores da TAP?

A TAP é uma empresa estratégica que para além de constituir o maior exportador nacional de serviços, com vendas acima dos 3 milhões de euros, acaba por ser um instrumento da nossa soberania, num país com 11 ilhas atlânticas e importantes comunidades emigrantes em todos os continentes.

A coisa prometia ser esclarecedora. Com a chancela da SIC e do Expresso, o podcast tinha como título: houve de facto desinvestimento da Vinci com a privatização, como acusa o PCP?

Estamos perante uma situação inaceitável: alguém que sai de um cargo público para outro cargo público melhor remunerado e recebe uma indemnização graças a um programa que existia «por causa da necessidade de redução da despesa pública».

Entrou na AR um Projecto de Resolução do BE que «Recomenda a Substituição Progressiva e total dos Voos domésticos em Portugal continental e a criação de Alternativa de Ligação Ferroviária». Outras obras similares serão de esperar de origens igualmente demagógicas e irresponsáveis.

Estes resultados ocorrem num ano em que a TAP e os seus trabalhadores enfrentaram o ataque, a pressão e a chantagem, que procurou danificar, de forma irreversível, a imagem da empresa aos olhos do povo português.

O Novo Aeroporto de Lisboa em Alcochete não interessa aos accionistas da Vinci. Esta é a questão central desde 2013 e vai continuar a ser, pois não será uma Comissão Técnica Independente a fazer mudar os interesses dos accionistas.

O Presidente da TAP quer a companhia gerida sem «entraves administrativos» e pede para o Estado deixar de levantar entraves às Empresas Públicas.

Em Portugal, os apoios públicos (e da gestora aeroportuária) têm a Ryanair como destinatário privilegiado e não as empresas públicas nacionais.