EDP

Após um ano de intensas negociações e manifestações por melhores condições de trabalho,  os trabalhadores da EDP alcançaram um novo acordo com a administração da empresa, contemplando avanços na progressão salarial, regimes de turnos, benefícios familiares e flexibilidade de horário.

Fiequimetal diz que «processo negocial está em curso, mas é preciso mais para se atingir os objectivos pretendidos pelos trabalhadores».

Uma breve análise aos lucros pela EDP demonstra duas coisas: que 944 milhões de euros no primeiro semestre corresponde a 5,2 milhões por dia e 3611 euros por minuto; e que se todos os trabalhadores fossem remunerados em dobro, o lucro ainda seria de 527 milhões de euros.  

De acordo com a Fiequimetal, a greve nos centros de contacto e lojas da EDP registou forte adesão. Os trabalhadores demonstraram unidade e esperam ver cumprido o Acordo Colectivo de Trabalho e o fim das discriminações, do assédio laboral e das pressões.

«Manobras intimidatórias e ilegais» da administração da EDP só podem ter como resposta a intensificação da luta. Trabalhadores vão estar em greve a 10 de Abril, com manifestação à porta da Assembleia Geral de accionistas.

Desde o último plenário que a EDP impõe «um controlo patronal nunca visto sobre os meios e canais de comunicação» na empresa. EDP propõe aumento de 15% para a administração e de 3%, abaixo da inflação, para os salários baixos dos trabalhadores.

A acusação é da Fiequimetal, que lembra que os trabalhadores «são o principal motor dos lucros milionários e dos fartos dividendos que, ano após ano, são oferecidos aos accionistas».

A Fiequimetal e os seus sindicatos convocaram uma greve nacional destinada aos trabalhadores dos prestadores de serviço do grupo EDP, esta terça e quarta-feira, pela urgente valorização dos salários.

Realizou-se hoje uma greve no grupo EDP como resposta à recusa patronal de valorização da experiência e das carreiras profissionais. À greve que teve forte adesão juntou-se uma concentração em frente à sede da empresa, à qual se juntaram centenas de trabalhadores.

No apelo à greve, os sindicatos denunciam que a EDP «não quer valorizar as carreiras e as profissões do seu principal activo, que são os trabalhadores», apesar dos elevados lucros alcançados.

Mais um episódio de injustiça fiscal em que o grande capital sai, mais uma vez, beneficiado. Ao contrário dos trabalhadores, as energéticas que detêm barragens não viram cobrado o IMI relativo a 2019. PCP requereu uma audição obrigatória do ministro das Finanças.

A valorização das carreiras profissionais e da antiguidade e a reposição da «justiça laboral» são as reivindicações que levaram a Fiequimetal a prolongar a greve ao trabalho suplementar no grupo EDP. 

Começou no dia 1 de Dezembro, em todas as empresas do Grupo EDP, uma greve ao trabalho extraordinário, que se prolonga até 1 de Janeiro, seguindo a decisão dos trabalhadores, em defesa de uma justa progressão e valorização das carreiras.

A revolta dos trabalhadores da EDP, que convocaram uma greve às horas extra em Dezembro, já levou a administração da empresa a pedir uma reunião aos sindicatos «para debater os problemas que por ela foram criados».

Sente-se o «desagrado» dos trabalhadores que asseguram o funcionamento da rede de distribuição de electricidade em Portugal. Muitos sentem «dificuldades no seu relacionamento com» a administração do Grupo EDP.

Nas manifestações ouve-se a palavra de ordem «o custo de vida aumenta, o povo não aguenta». Esta palavra de ordem também se pode referir ao calor, já que a temperatura aumentou e o povo não aguentou, o que representou 1,8% do aumento do consumo.

Devido à adesão à greve, quase todas as lojas da EDP estiveram encerradas ou com forte perturbação no funcionamento, que também foi bastante afectado nos centros de contacto em Lisboa e Seia.

Nos cinco plenários realizados no Centro de Contacto da EDP, em Seia, os trabalhadores aprovaram o prosseguimento da luta e a convocação da greve para dias 14 e 16 de Agosto.