Foi uma «importante demonstração de unidade entre os trabalhadores dos vários serviços». É assim que a Fiequimetal, federação sindical afecta à CGTP-IN, caracteriza a greve levada a cabo esta segunda-feira pelos trabalhadores dos centros de contacto e lojas da EDP. A greve registou elevada adesão, o que provocou perturbação nos centros de contacto de Lisboa, Elvas e Seia e lojas da EDP Comercial, E-Redes e SU.
Para a estrutura representativa dos trabalhadores, a EDP, como a principal responsável pela existência de milhares de trabalhadores, mantém a vida destes na incerteza dado o elevado número de vínculos precários e os baixos salários praticados. Esta situação laboral contrasta com os mais de 1300 milhões de euros de lucros obtidos pelo grupo empresarial em 2023.
Os trabalhadores exigem a aplicação do Acordo Colectivo de Trabalho e o fim das discriminações, do assédio laboral e das pressões. Para a Fiequimetal, o sucesso da greve «dá confiança para continuar a lutar» e, dado esse factor, está já a ser pedida a intervenção do Governo para mediar o braço de ferro existente entre os trabalhadores e empresas.
Uma delegação de dirigentes e activistas dos vários sindicatos que compõem a federação sindical (SIESI, SITE Norte, SITE CN e SITE CSRA) deslocou-se ao Ministério do Trabalho para entregar um documento quem contém as principais reivindicações.
Os sindicatos exigem ao Governo que tome as medidas necessárias para sentar à mesa da negociação a EDP e as administrações das empresas que a esta prestam serviços nos centros de contacto com os clientes, de modo que seja possível alcançar compromissos que visem a melhoria dos salários e direitos dos trabalhadores.
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