«Consideramos claramente insuficiente a actualização salarial que a empresa avançou, num quadro em que o salário mínimo teve uma nova actualização este ano e, de acordo com o próprio Governo, no final da legislatura se situará nos 750 euros», disse à Lusa Manuel Leal, representante sindical da Carris na Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
De acordo com o sindicalista, com a actualização do salário mínimo e sem aumentos mais significativos, corre-se um «sério risco de que os salários base na Carris sejam absorvidos por esse valor».
Manuel Leal sublinhou que o acordo foi assinado porque melhora algumas rubricas, em termos gerais, mas destacou que considera «esta actualização salarial como um aumento intercalar».
«Apesar de o acordo estar assinado, iremos fazer todos os esforços para que possamos ainda reabrir a discussão para conseguir uma maior valorização dos salários ainda para 2021», acrescentou.
Numa nota enviada às redações, a Fectrans apelou à «abertura e sentido de responsabilidade para, nos próximos tempos, se reflectir» sobre outras medidas que ficaram de fora deste quadro negocial, nomeadamente a atribuição do passe Metropolitano aos trabalhadores da Carris e a redução do horário de trabalho para as 35 horas.
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