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Carris com aumentos salariais no horizonte, mas aquém das expectativas

Sem aumentos salariais desde 2009, a administração da Carris apresentou uma proposta de 1,5% para 2019, afirma o STRUP. O valor é considerado insuficiente, pois não repõe perdas com a inflação.

A CarrisBus tem como principal actividade a manutenção e reparação de veículos pesados de passageiros, bem como de carros eléctricos
A Carris está sob tutela da Câmara de Lisboa desde 2015Créditos / CGTP-IN

A informação é avançada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), em comunicado, que afirma que a proposta surgiu na reunião realizada a 19 de Dezembro.

Segundo o STRUP, os trabalhadores da Carris estão sem aumentos desde 2009 e, de momento, esta «é a única empresa pública do sector dos transportes que não teve aumentos na tabela salarial em 2018», motivo pelo qual tem insistido na necessidade do aumento real dos salários.

Porém, a resposta que obteve da administração foi uma proposta de 1,5% para o próximo ano. O sindicato considera esta como insuficiente e refere que, deste modo, os trabalhadores da Carris não verão repostos os valores perdidos para a inflação ao fim destes anos.

«Um salário de 810 euros em 2009, se fosse actualizado anualmente conforme a inflação, seria hoje de 896 euros. Com a proposta da administração, cresceria apenas 12,15 euros, ou seja, há uma diferença de 74,30 euros», frisa.

De acordo com o STRUP, uma proposta justa de aumentos salariais seria de 50 euros para todos, além de 25 euros como compensação pela falta de actualização.

«Os salários a que os trabalhadores têm direito não lhes serão oferecidos, têm que ser conquistados pela luta de quem trabalha, tal como aconteceu nas outras empresas de transportes», reitera.

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