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Administração da EDP negoceia com os trabalhadores em marcha à ré

Propostas da administração da EDP sobre progressões na carreira, reformas e pré-reformas revelam a vontade de regredir os direitos dos trabalhadores, com os lucros da empresa sempre a subir.

Novo logotipo da EDP, apresentado em Junho de 2022
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

A Comissão Negociadora Sindical (CNS) da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) manifestou a sua indignação, em comunicado deste sábado, pelas propostas apresentadas pela administração da EDP, em reunião negocial realizada na semana passada.

«Mês e meio depois da data inicialmente marcada e que foi duas vezes adiada pela parte patronal, esta veio demonstrar que pretende apenas retirar direitos aos trabalhadores», denuncia a CNS da Fiequimetal.

A CNS/Fiequimetal elenca a redução do direito à pré-reforma e a retirada das progressões nas bases superiores das diversas carreiras e da dependência directa de avaliação, passando-as para a dependência de um hipotético acto de gestão.

A progressão em algumas letras que não compensa a perda da evolução noutras, superiores, e a CNS/Fiequimetal afirma estar-se perante «um caso típico de tirar muito a uns trabalhadores para dar umas migalhas a outros».

«Só nunca tiram nada é aos accionistas», sublinha a CNS, «antes pelo contrário, a exploração é cada vez mais intensa».

Para os negociadores da Fiequimetal, à vontade do Grupo EDP em fazer retroceder a compensação do trabalho prestado pelos seus trabalhadores, há que contrapor «a garantia de melhores condições de trabalho», ajustada à evolução da sociedade e não ao seu contrário.

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