A segunda reunião de negociação da actualização salarial para este ano, nas empresas do Grupo EDP, foi marcada por uma posição intransigente da administração do grupo que apresentou como proposta final uma «mísera proposta de 0,5 por cento», afirma em comunicado a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).
A declaração foi «vivamente contestada pela Fiequimetal», que rejeita uma postura de «quero, posso e mando» como sendo «uma total desvirtuação do papel das comissões negociadoras e dos sindicatos».
Para a federação sindical, a declaração e o tipo de postura contrariam um «anúncio de boas intenções» por parte da administração da EDP, na primeira reunião negocial, e acrescenta que as mesmas têm de transformar-se em «boas acções».
A Fiequimetal reafirmou a intenção de negociar todas as matérias da proposta reivindicativa que apresentou, assim como as matérias da proposta de 2021 respeitantes à avaliação e à progressão nas carreiras – matérias cuja negociação ficou pendente, depois de uma abrupta ruptura negocial por parte da administração.
No comunicado são ainda prestadas informações sobre outros temas em negociação, como o regime de disponibilidade, os direitos de Saúde e o teletrabalho.
A próxima reunião ficou marcada para dia 16.
Em Novembro de 2021 o Jornal de Negócios, apoiando-se em nota enviada pela EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), anunciava que, até fins de Setembro, a empresa fechara os primeiros nove meses de 2021 com lucros de 510 milhões de euros, uma subida de 21% face ao mesmo período do ano anterior.
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