Depois da convocação de duas greves

Atendidas reivindicações no Hospital Espírito Santo

A administração do Hospital Espírito Santo de Évora provou que está a trabalhar para a concretização das exigências dos trabalhadores, pelo que estes desconvocaram greve marcada entre hoje e sábado.

Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE
Créditos

Os trabalhadores do Serviço de Esterilização do Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE,  decidiram ontem em plenário cancelar a greve anunciada para os dias 2, 3 e 4 de Junho, uma vez que a administração do hospital confirmou a cedência às reivindicações dos trabalhadores, fundamentando com documentos e dando conhecimento às entidades de Saúde regionais e nacionais.

Os trabalhadores reivindicavam o fim da desregulação do horário de trabalho e imposição de turnos (segundo os trabalhadores, alterados sem aviso prévio), a exigência da sua inclusão nos pagamentos do programa SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia) e de melhores condições de trabalho. Referiam-se ainda às condições de segurança no trabalho e à defesa da dignidade profissional, insurgindo-se contra «a repressão, o medo, a chantagem e ameaça» de que se queixavam.

Esta foi a segunda convocação de greve que não se concretizou. Depois da primeira convocação, que seria de 14 a 16 de Abril, foi assinado um acordo com a administração, que assegurava que os trabalhadores teriam acesso aos horários com 7 dias de antecedência e a uma refeição na cantina do hospital se fossem obrigados a prolongar o turno da noite. Assegurava ainda que os trabalhadores deixariam de ser obrigados a sair antes do turno acabar por falta de trabalho e essas horas passariam para banco de horas. Era ainda prometido a aquisição de fardas novas, bem como a construção de uma plataforma para facilitar o transporte dos materiais de esterilização.

Depois da assinatura do acordo, a administração não tomou medidas para a concretização das decisões acordadas e os trabalhadores afirmam terem sofrido intimidações e retaliações, nomeadamente com a deslocalização de turnos inteiros para outros serviços.

Neste contexto, os trabalhadores decidem em plenário marcar a segunda greve. No dia 31 de Maio, o Hospital finalmente facultou os documentos em que provava estar a resolver as reivindicações dos trabalhadores, sendo neste seguimento que os trabalhadores decidem desconvocar a greve.

Os trabalhadores decidiram ainda fazer um pedido de reunião ao próximo Conselho de Administração, logo que esteja no exercício de funções.

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas valorizam o êxito desta luta.  

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