A Direcção Nacional do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN) assume que o surto epidémico da Covid-19 foi aproveitado pela gestão dos CTT para reduzir custos, nomeadamente no transporte de correio do território continental para os Açores.
«O transporte do correio por via marítima e a não utilização de cargueiros aéreos, como era obrigação dos CTT, tem sido não só prejudicial em termos da rapidez de entrega do correio como, por concentrar o mesmo, provocar distúrbios no sistema de distribuição», refere o SNTCT num comunicado.
A estrutura frisa que os carteiros «continuam a ser os mesmo bons profissionais que sempre foram», sendo as falhas da responsabilidade da gestão privada da empresa, «que apenas olha ao lucro». Desde logo, o facto de «não ter ao serviço o número de trabalhadores necessários à correcta execução» do trabalho a fazer, levando à exaustão dos «poucos» que restam.
Segundo um apanhado feito pelo SNTCT no arquipélago açoriano, faltam actualmente mais de 25 carteiros na distribuição e pelo menos dez técnicos nos balcões das estações de correio, «que, em alguns casos, já com nítida falta de pessoal, ainda têm gente desviada para os balcões do Banco CTT».
O sindicato defende a contratação de mais pessoal e a contratualização de cargueiros aéreos para o envio de correio, recusando que os trabalhadores sejam utilizados como «bodes expiatórios» deste processo.
Após a denúncia do SNTCT, a empresa anunciou que iria fretar um cargueiro no mês de Agosto para transportar correio para os Açores.
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