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Correio pode demorar 30 dias a chegar aos Açores

O sindicato defende a contratação de mais pessoal e a contratualização de cargueiros aéreos para o envio de correio, que está a ser transportado de barco, para acabar com o «descalabro».

Os CTT, uma empresa pública rentável para as contas do Estado, foram privatizados em 2013 e 2014 pelo governo do PSD e CDS-PP
CréditosBruno Almeida

A Direcção Nacional do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN) assume que o surto epidémico da Covid-19 foi aproveitado pela gestão dos CTT para reduzir custos, nomeadamente no transporte de correio do território continental para os Açores.

«O transporte do correio por via marítima e a não utilização de cargueiros aéreos, como era obrigação dos CTT, tem sido não só prejudicial em termos da rapidez de entrega do correio como, por concentrar o mesmo, provocar distúrbios no sistema de distribuição», refere o SNTCT num comunicado. 

A estrutura frisa que os carteiros «continuam a ser os mesmo bons profissionais que sempre foram», sendo as falhas da responsabilidade da gestão privada da empresa, «que apenas olha ao lucro». Desde logo, o facto de «não ter ao serviço o número de trabalhadores necessários à correcta execução» do trabalho a fazer, levando à exaustão dos «poucos» que restam. 

Segundo um apanhado feito pelo SNTCT no arquipélago açoriano, faltam actualmente mais de 25 carteiros na distribuição e pelo menos dez técnicos nos balcões das estações de correio, «que, em alguns casos, já com nítida falta de pessoal, ainda têm gente desviada para os balcões do Banco CTT».

O sindicato defende a contratação de mais pessoal e a contratualização de cargueiros aéreos para o envio de correio, recusando que os trabalhadores sejam utilizados como «bodes expiatórios» deste processo. 

Após a denúncia do SNTCT, a empresa anunciou que iria fretar um cargueiro no mês de Agosto para transportar correio para os Açores.

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