Vieram de todos os pontos do País e concentraram-se à porta da CP para apresentar as suas reivindicações e contestar a tentativa de desmembramento da empresa em várias unidades.
A acção prosseguiu com um desfile dos trabalhadores até à residência oficial do primeiro-ministro com o intuito de manifestar o seu desacordo com as medidas que estão em preparação pelo Governo e a administração da empresa. Novos passos que, no entender dos trabalhadores, visam «a privatização da empresa e a entrega deste importante e estratégico sector às transnacionais».
No protesto de hoje, os trabalhadores reafirmaram a sua luta por «um caminho de ferro forte e com futuro e pela reunificação do sector, englobando a rede de infra-estruturas, a exploração do serviço de transporte, a manutenção, reparação e construção do material circulante».
Dizem ser fundamental a reintegração da EMEF na CP, com a «garantia do futuro das oficinas da CP como empresa pública integrada na reunificação do sector ferroviário com uma gestão única». Neste sentido, defendem que a reintegração «acrescentará valor, não só em termos de construção de material circulante, como ao nível da manutenção do material que existe na CP e que está muito degradado».
Os trabalhadores exigem, por um lado, a passagem a efectivos de todos quantos detêm vínculos precários, porque, dizem, «não se mantêm níveis de qualificação elevados com uma irregularidade de trabalhadores nos quadros», realçando que a um posto de trabalho permanente deve corresponder a um vínculo de trabalho efectivo. Por outro, reivindicam que o Governo aprove a admissão dos trabalhadores em falta para o regular funcionamento da empresa.
Perante a administração, reivindicam o início imediato das negociações da contratação colectiva vigente na empresa com vista à valorização real dos salários, subsídio de turno e valorização de todas as cláusulas de expressão pecuniária, bem como à revisão do regulamento de carreiras, entre outros objectivos.
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