|transportes

Centenas de comboios suprimidos na greve conjunta na CP, EMEF e IP

A greve no sector público ferroviário, para exigir o cumprimento dos acordos, registou uma elevada adesão esta sexta-feira, com mais de 350 comboios suprimidos e restantes sectores fortemente afectados.

O Alfa Pendular da CP parado na estação de Santa Apolónia em Lisboa devido à greve
CréditosMIGUEL A. LOPES / LUSA

Em nota, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) afirma que «os resultados demonstram que há um enorme descontentamento dos trabalhadores das empresas referidas, pelo facto de o Governo não estar a cumprir os acordos estabelecidos na CP em Fevereiro, na EMEF em Abril e na Infraestruturas de Portugal (IP) em Maio deste ano».

«Esta é uma luta de todos a partir de processos distintos que estão perante o mesmo bloqueio do Governo e o que se exige é que haja negociação séria e construtiva», lê-se ainda no comunicado.

Segundo a Fectrans, nas empresas do grupo IP houve uma elevada adesão, sendo que em alguns locais ultrapassou o esperado. Tal traduziu-se, na parte ferroviária, no encerramento de estações e de cabinas de circulação, enquanto que na parte rodoviária houve uma redução significativa da actividade , com o encerramento dos centros de atendimento regionais de Braga, Viana do Castelo, Bragança, Vila Real, Santarém, Porto, Faro, Évora e Beja e com adesão de 90% em Leiria.

Houve também uma grande adesão dos trabalhadores da CP, que levou ao encerramento das bilheteiras e à paralisação de todos os comboios de longo curso e esmagadora maioria dos regionais, bem como imensas supressões dos comboios suburbanos de Lisboa e Porto. 

Segundo a CP, até ao meio-dia realizaram-se 211 comboios dos 569 previstos, com os serviços mais afectados a serem o regional, que realizou apenas 10 comboios de 149. Em Lisboa circularam 48% das composições dos suburbanos, num total de 136 em 284. Já nos urbanos do Porto estavam ao serviço apenas 65 comboios.

Por outro lado, na EMEF «houve o encerramento da maioria das oficinas e as que estão a ter algum funcionamento é, essencialmente, com recurso aos trabalhadores recentemente admitidos na empresa e com algumas chefias», relata a Fectrans.

O transporte de mercadorias, em virtude da greve na IP, foi reduzido ao transporte de mercadorias perigosas, nos termos dos serviços mínimos.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui