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Enfermeiros do Amadora-Sintra exigem mais profissionais

Os enfermeiros do Hospital Amadora-Sintra estiveram esta terça-feira em greve, das 10h30 às 12h30, para denunciarem a falta de pessoal e as consequências que esta tem nos serviços e nas suas vidas.

Concentração à porta do Amadora-Sintra. Foto de arquivo
Créditos / SEP

A greve de duas horas, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), foi acompanhada por uma manifestação junto à entrada do Hospital Amadora-Sintra, que reuniu cerca de 50 enfermeiros. O protesto é um entre vários a realizar até Junho, por todo o País, que fazem parte do movimento «Mais enfermeiros contra a ruptura». 

Em declarações aos jornalistas, Isabel Barbosa, dirigente do SEP, afirmou que o protesto tem como objectivo denunciar a «grave carência de enfermeiros» no hospital, que estão a originar uma «situação caótica em muitos serviços», e exigir do Governo a contratação imediata de mais profissionais. 

A dirigente aponta que os enfermeiros «estão exaustos» devido ao aumento dos ritmos de trabalho, consequente da redução de profissionais por turno e do número de horas extraordinárias, que já passam das «15 mil horas de trabalho acumuladas». Além disso, frisa que a carga de trabalho tem consequências directas na saúde física e psicológica dos trabalhadores mas também nos cuidados prestados aos utentes.

Com exemplos concretos, Isabel Barbosa apontou o encerramento de várias camas nos serviços de neonatologia, urologia e pediatria, 12, 10 e 3 vagas respectivamente, e o fecho das pequenas salas de cirurgia. Além disso, implicou a redução de vários programas como a Unidade Móvel de Apoio Domiciliário Pediátrico, que passou de três visitas semanais para uma, e o cancelamento do projecto de cuidados paliativos.

Outras reivindicações passam pela concretização do pagamento do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas, o descongelamento das carreiras e a aplicação das 35 horas semanais.

Segundo o SEP, o movimento «Mais enfermeiros contra a ruptura» pretende pressionar as administrações e o Governo de forma a serem abertas contratações, pondo um fim ao bloqueio aos novos pedidos de admissão, considerando que só isso pode solucionar problemas como a falta de enfermeiros, os longos horários e horas extraordinárias por pagar, o cansaço físico e psicológico das equipas ou a degradação dos serviços prestados.

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