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Fectrans: «A CP é um todo», como tal todos lutarão

Com a greve em andamento, a administração da CP chegou a acordo com um único sindicato que abrange uma única carreira da empresa. O acordo alcançado visa todos os trabalhadores da empresa, algo nunca visto, defende a Fectrans.

CréditosAntónio Pedro Santos / Lusa

Na passada sexta-feira, após a greve dos trabalhadores da CP, a administração da empresa informou que chegou a acordo sobre o Regulamento de Carreiras com apenas uma organização sindical. Acontece que o tal regulamento abrange todas as carreiras da empresa e o sindicato que negociou com o patronato e aceitou o acordo representa apenas os trabalhadores de uma única categoria profissional.

Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) reagiu ao sucedido dizendo nunca ter assistido a acordo deste tipo. A mesma diz que recebeu a última proposta na passada quarta-feira, a qual pedia que fosse aceite um Regulamento de Carreiras «que tem merecido muitas críticas das organizações que subscreveram o pré-aviso de greve do passado dia 28». 

Explica a Fectrans que a administração prometia uma «actualização de 1,15% em todos os índices a partir de 1 de Julho deste ano, mas em contrapartida retirava a proposta de redução dos tempos de permanência para evolução entre os índices salariais», algo que representava um retrocesso. 

Face ao acordo entre a administração e o tal sindicato, que só representa uma carreira da CP, a Fectrans afirma que «o serviço prestado pela CP é a conjugação da actividade das diversas áreas da empresa, que se complementam e que as soluções para garantir o futuro da empresa, têm que ser globais e equilibradas».

A Federação afecta à CGTP-IN clarifica a posição reiterando que «os comboios para andarem têm de ter quem os repare e mantenha, tem de haver quem organize o trabalho na retaguarda, para a empresa ter receitas é necessário quem venda os títulos de transporte e os fiscalize e, por isso, quem administra tem de ter em conta esta realidade, caso contrário, como aconteceu noutras alturas, em vez de se solucionar um conflito, o efeito é precisamente o contrário».

Ainda hoje haverá uma reunião entre as várias organizações que subscreveram o pré-aviso de greve do passado dia 28 de Junho, tendo sido ainda dirigidos convites às comissões de trabalhadores da CP e da Infrastruturas de Portugal (IP), assim como a organizações que apenas representam trabalhadores do grupo IP e de trabalhadores da CP que não acompanharam a última acção de luta.
 

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