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Trabalhadores da CP e da IP vão intensificar a luta em ampla unidade

Num comunicado conjunto, diversas organizações que representam trabalhadores da CP e da IP expressaram preocupações sobre a degradação do serviço nestas empresas e anunciaram as linhas para avançar na luta.

CréditosAntónio Pedro Santos / Lusa

Segundo as organizações representativas dos trabalhadores da CP e IP, a degradação das condições de trabalho é resultado directo da desvalorização das carreiras que tem levado à saída de trabalhadores e à dificuldade de recrutar novos efetivos. Esse cenário tem obrigado os trabalhadores a cumprirem horas extraordinárias, sobrecarregando-os e colocando em risco a qualidade do serviço público prestado.

As organizações sindicais enfatizaram a necessidade urgente de medidas objectivas por parte das administrações e do Governo para valorizar verdadeiramente as carreiras e profissões. No comunicado as mesmas destacaram que o serviço de qualidade depende da actividade integrada de todos os trabalhadores das diversas áreas.

Um ponto de particular descontentamento é a recente posição da administração da CP e do Governo, considerada inaceitável pelas entidades. Inicialmente, foi comunicado aos trabalhadores que fora fechado um acordo negocial com uma única organização sindical de uma única carreira que seria estendido a todos os trabalhadores. 

Apesar disto, numa reunião posterior, foi informado que isso só ocorrerá se as demais organizações sindicais aceitarem uma proposta de revisão do Regulamento das Carreiras que aumenta a polivalência de funções, altera a grelha salarial e retira a proposta de redução dos tempos de permanência em cada índice.

Na IP, embora haja uma abordagem diferente por parte da administração, os sindicatos ainda aguardam a entrega de uma nova proposta para análise detalhada. Durante a última reunião, várias questões apresentadas pelas organizações sindicais sobre a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho e do Regulamento de Carreiras permanecem sem resposta.

As entidades sindicais saudaram os trabalhadores que participaram na luta no dia 28 de Junho e apelaram ao reforço da unidade e mobilização nos locais de trabalho para defender a valorização das carreiras profissionais e das convenções colectivas. Com esse objetivo, anunciaram duas ações importantes.

Uma primeira é a realização de um plenário nacional dos trabalhadores da CP e das empresas do grupo IP, no dia 11 de Julho, às 10h30, na estação de Entrecampos, em Lisboa, seguido da entrega das conclusões ao Ministério das Infraestruturas e Habitação. Em resposta à posição discriminatória da CP, está também prevista a continuação das acções de luta na forma de greve, ainda em Julho, com datas a serem anunciadas brevemente.

As organizações de trabalhadores apela a todos os trabalhadores a participarem activamente em ambas as iniciativas para demonstrar a determinação na defesa das suas carreiras e dos direitos colectivos, essenciais para a manutenção de um serviço público de qualidade.
 

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