Num plenário que teve lugar no dia 10, os trabalhadores tomaram esta decisão porque as posições da empresa não se ajustam às reivindicações por eles apresentadas, informou ontem, em nota de imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN).
Os trabalhadores da Orica Mining Services, que integra o grupo líder mundial do sector, reivindicam um aumento salarial de 3%, com um mínimo de 35 euros para todos, o pagamento do «bónus» de três em três meses (e não uma vez por ano), bem como a negociação e aplicação da tabela salarial este ano.
Exigem, para além disso, a eliminação das discriminações («diferenças») salariais entre trabalhadores com a mesma categoria profissional e a criação de um subsídio de risco, tendo em conta a matéria-prima com que trabalham e o perigo constante a que estão sujeitos, bem como o facto de a empresa estar abrangida pelo Decreto-Lei 150/2015 (prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas).
No plenário, os trabalhadores da Orica decidiram também mandatar os seus representantes para se reunirem com a administração da empresa durante esta semana e marcar um novo plenário após essa reunião, de forma a analisar as respostas e decidir novas formas de luta, se for caso disso.
Entretanto, o sindicato já solicitou à administração uma reunião para esta quinta-feira, dia 16, segundo informou a Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas).
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