Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (Simamevip/CGTP-IN) relatou que a greve, iniciada a 5 de Julho e que terminou ontem, voltou a registar uma adesão total, à parte dos serviços mínimos, dando continuidade às anteriores.
Os trabalhadores da operadora de ferries, que opera no triângulo Faial, Pico e São Jorge, exigem aumentos salariais, tendo já existido um consenso entre ambas as partes para a tabela salarial a vigorar até ao fim de 2020. Porém, o sindicato acusa a empresa de ter quebrado o acordo e imposto novas condições.
Segundo o Simanevip, a greve «acontece porque na reunião de conciliação, apesar dos esforços do sindicato, a empresa mostrou-se intransigente na sua posição de só aceitar uma revisão do Acordo de Empresa, desde que se implemente um sistema de progressão de carreiras, indexado a uma avaliação de desempenho».
O novo sistema de avaliação e progressão de carreiras que a empresa quer implementar é amplamente rejeitado pelos trabalhadores, que afirmam já serem avaliados «no âmbito do sistema de gestão da segurança (código ISM)», resultando em dois modelos em simultâneo.
O sindicato frisou ainda que não pode assinar um acordo que «discrimina os próprios trabalhadores» e salienta que a empresa quer impor um modelo em que as «futuras remunerações e progressões» estão «dependentes dos resultados líquidos positivos da empresa no ano anterior».
O braço-de-ferro entre marinheiros e a empresa já caminha para os dois meses, com o próximo conjunto de protestos marcado entre 10 e 12 de Julho, além de 20 a 22 e 27 a 29 deste mês. Em Agosto, há greve no dia 6 e entre 10 a 12.
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