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Greve na limpeza vai parar Hospital de São João no Porto

Os trabalhadores da limpeza do Hospital de São João, no Porto, iniciaram este sábado uma greve de três dias, após a administração daquela unidade hospitalar «ter dado o dito por não dito».

Créditos / STAD

Os cerca de 200 trabalhadores da limpeza do Hospital de São João, no Porto, iniciaram este sábado, dia 25 de Maio uma greve de três dias que arrancou com uma adesão «próxima dos 70 por cento» e pode «parar completamente» a instituição na segunda-feira, último dia da acção reivindicativa, segundo afirmou à Agência Lusa o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN).

Eduardo Teixeira declarou à Lusa que na segunda-feira, «com o mesmo nível de adesão», os pouco mais de dez trabalhadores que se encontram a trabalhar, que apenas se limitam a «limpar casas de banho e a despejar caixotes do lixo» não serão suficientes para «garantir a limpeza necessária de um dia normal de funcionamento no hospital», muito menos «as desinfeções em ambulatório ou a limpeza de consultórios e da urgência», que não estão a ser feitas. «Os trabalhadores da limpeza fazem muita diferença», lembrou o sindicalista.

Diariamente trabalham em média no Hospital de São João cerca de 120 trabalhadores de limpeza mas hoje, na concentração à porta da instituição estiveram cerca de 150.

Os trabalhadores são contratados pela empresa CLECE, concessionária da limpeza do Hospital de São João, que lhes paga apenas 1,85€ de subsídio de refeição. Os trabalhadores reivindicam um subsídio de 3,50€ e, em Dezembro de 2017, chegaram a ter marcada uma greve que foi desconvocada porque, segundo Eduardo Teixeira, «a administração do São João se comprometeu, por escrito, a pagar o aumento do subsídio para os 3,50 euros a partir de Abril», mas «deu o dito pelo não dito e existe um descontentamento geral».

O STAD está, «desde há quatro anos, a tentar negociar um aumento do subsídio de alimentação, que é de 1,85 euros e da parte da empresa não há qualquer negociação», lamentou o sindicalista, avisando que «caso os trabalhadores não vejam satisfeitas as reivindicações relativamente ao aumento do subsídio de alimentação» a greve se irá repetir em Junho.


Com Agência Lusa

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