Parados os sectores da produção e expedição do material em stock

Greve na Secil Outão com 100% de adesão

A produção na fábrica da Secil no Outão, em Setúbal, está parada esta terça-feira por causa da greve de três dias dos trabalhadores, que reclamam aumentos salariais e reposição de direitos laborais inscritos na contratação colectiva. 

Os trabalhadores denunciam que o acordo de empresa não está a ser cumprido
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Uma actualização enviada esta manhã pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Construção, filiado na CGTP-IN, revela que os trabalhadores da Secil no Outão paralisaram a 100% desde as 0h00 de hoje.

«O piquete de greve assegurou o início da paragem dos dois fornos, dos moinhos, da paletização e da expedição, entre outros sectores, e irá garantir a segurança das máquinas e equipamentos nestes três dias de greve», lê-se no texto.

Nuno Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Construção, acrescenta que no ano passado cerca de 80 trabalhadores fizeram um abaixo-assinado exigindo à empresa um aumento salarial de 40 euros por mês, além do cumprimento de outros direitos laborais. 

A empresa não atendeu, no entanto, às exigências dos trabalhadores e não aceita negociar o caderno reivindicativo, nomeadamente o acordo de empresa, que os trabalhadores dizem não estar a ser cumprido. 

«Estamos a chegar aos sete anos sem aumentos salariais, o acordo de empresa é para cumprir e a luta vai continuar», alerta o sindicato. 

A greve prolonga-se até quinta-feira, 1 de Junho, inclusive.

A Secil é detida pela Semapa, holding que tem como accionista maioritária a família Queiroz Pereira.

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