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Ministério da Saúde reforça o «injustificável» preconceito contra enfermeiros

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses denuncia a ausência de profissionais da enfermagem na comissão que estudará as Unidades Locais de Saúde de cariz universitário.

CréditosJC Gellidon

No despacho do Ministério da Saúde, sobre uma nova comissão técnica independente (CTI) que estudará as Unidades Locais de Saúde Universitárias (ULSU), não inclui nenhum enfermeiro, denuncia o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), num comunicado.

A comissão deverá elaborar um relatório até o final do ano com as recomendações e orientações estratégicas para as ULSU. A identificação das melhores práticas deve ter como norte a integração destas unidades de saúde com o SNS no quadro local, regional e nacional bem como a articulação da actividade hospitalar com as instituições de Ensino Superior para formação e investigação.

De acordo com a estrutura sindical, este é apenas «mais um dos sintomas da "Enfermagem está Doente"», campanha que tem mobilizado os trabalhadores para a luta por todo o país desde o início de Agosto. A presença de um único grupo profissional na comissão e a ausência de enfermeiros reafirma um «preconceito cultural de graduação das profissões da saúde» que hierarquiza a importância dos trabalhadores dentro do hospital e da academia.

O SEP explica que acções assim dificultam o trabalho interdisciplinar e viabilizam uma imagem «perante a sociedade científica que, no caso concreto, os enfermeiros, não desenvolvem investigação e inovação». A evolução da formação em enfermagem, que deve-se à complexificação da carreira, da relevância de suas tarefas, do aprofundamento das competências específicas e especializadas, como gestão, direção e organização, torna «injustificável» a falta deste profissional na CTI.

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