Ao todo serão 15 dias de greve parcial, «entre as 19h e as 10h do dia seguinte», a ter início a 5 até ao dia 19 de Maio, abrangendo as empresas dos distritos do Norte do País representadas pela Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (Antrop).
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN/CGTP-IN) afirma que, na última reunião realizada a 24 de Abril, a Antrop voltou a afirmar que não ia alterar a sua posição relativa ao aumentos salariais, recusando ir além dos 670 euros.
Segundo o STRUN, perante «o mandato que tem dos trabalhadores», que decidiram em plenário marcar uma nova paralisação caso se mantivesse a intransigência da Antrop, a greve vai avançar conforme estipulado. O sindicato responsabiliza as empresas Arriva e a Transdev pelo fracasso das negociações.
Os trabalhadores das empresas privadas de transporte de passageiros, das quais se destacam a Arriva e a Transdev, rejeitam tal valor e exigem aumentos salariais num mínimo de 700 euros, face aos baixos salários actualmente praticados. Uma posição que foi reafirmada no plenário de 5 de Abril.
Outras reivindicações passam pelas três horas de intermitências (horas de paragem entre serviços) e o pagamento de oito horas de subsídio de agente único (que visa compensar a acumulação da actividade de motorista e de cobrador bilheteiro).
O STRUN afirma ainda que espera a adesão seja ainda maior do que na última greve, à qual diz que houve trabalhadores que não aderiram, «uns porque foram enganados pela própria comissão de trabalhadores da empresa, outros porque pensavam que não haveria tanta adesão (...) Muitos destes trabalhadores já contactaram o STRUN no sentido de aderirem à próxima greve», realça.
Entre 25 de Março e 5 de Abril, os motoristas do Norte realizaram uma greve de 12 dias, a qual teve um forte impacto na circulação de várias rodoviárias, face à adesão geral de 80%. O Strun afirmou à altura que «há muitos anos que não se via» uma situação destas no sector e apontou o «enorme descontentamento» dos trabalhadores como justificação.
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