Em declarações à Lusa, Luís Pinto, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras do Norte (SITE Norte), não se mostrou confiante com este processo: «Pela experiência que tenho nos últimos anos em relação aos PER, a maioria das empresas não teve grande sucesso, contam-se pelos dedos as que foram recuperadas. Aliás, foi tomada recentemente uma medida na Assembleia da República para que se faça uma avaliação deste processo.»
Já José Martins, representante da Comissão de Trabalhadores da Soares da Costa, considera que o recurso a este instrumento «não é um bom prenúncio» e que «tem uma série de implicações, nomeadamente reajustamentos, reestruturações e perdões de dívida» que terão de ser discutidos com os trabalhadores.
Por várias vezes os trabalhadores reuniram-se e tentaram obter da administração da empresa, sem sucesso, um compromisso ou respostas para o problema dos salários em atraso, que podem chegar aos dez meses. Na semana passada, os trabalhadores, que não desistem das suas reivindicações, realizaram concentrações no Largo Camões e à porta da sede da empresa, em Lisboa.
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