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Negociação na Secil alcança aumentos até aos 180 euros

O acordo estabelecido entre a Federação dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN) e a Secil, empresa de produção de cimentos, inclui um novo salário base de 1061 euros.

A Secil adquiriu, em 2017, um terminal de cimento em Vigo, duas pedreiras e 13 centrais de betão-pronto. 
Créditos / Secil

As negociações para revisão do Acordo de Empresa (AE) iniciaram-se no final de Agosto de 2022, explica a Federação dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN). Todos os passos contaram sempre com a «grande participação dos trabalhadores em todos os plenários e a firme determinação de recorrerem à luta para defenderem as suas justas reivindicações».

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Empresa admite pagar subsídio após denúncias

A Secil Cimentos comprometeu-se a pagar subsídio de refeição aos trabalhadores em regime de teletrabalho, fruto da intervenção do sindicato.

Créditos / CGTP-IN

Em causa está a denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores de Cerâmica e Construção do Sul e Regiões Autónomas (STCCMCS/CGTP-IN), que confrontou a empresa e denunciou publicamente a ilegalidade e a discriminação que estava a ser praticada pela Secil Cimentos, no Outão (Setúbal), com o não pagamento do subsídio de refeição aos trabalhadores em teletrabalho.

Agora, a empresa compromete-se a pagar subsídio de refeição aos trabalhadores em regime de teletrabalho. Alegando que existiu «alguma incerteza no enquadramento dos benefícios sociais atribuídos a um grupo limitado de colaboradores», a administração protelou a reposição da legalidade nesta matéria, para a qual já tinha sido alertada no passado mês de Novembro pelo sindicato.

E informou agora que, após «aclarado o enquadramento jurídico e a situação funcional daquele grupo de colaboradores (...), foi já determinado pela empresa processar os subsídios de refeição relativos ao ano 2020».

Por resolver está ainda a questão do compromisso de revisão do acordo de empresa assinado em Março, passado para vigorar entre 2020 e 2022, lembra o sindicato.

Este acordo prevê, além de aumentos salariais nestes três anos, a fixação do salário mínimo praticado na empresa nos mil euros mensais.

Determina ainda a dispensa de prestação de trabalho em dia de aniversário a partir de 2021, o aumento da percentagem do subsídio de turno para 30,5% no regime de três turnos com folga variável e a criação do subsídio de apoio escolar de apoio a filhos (50 euros em 2020 e 75 euros a partir de 2021). 

Para além disto inclui a criação do subsídio de paternidade ou maternidade por nascimento ou adopção de filho em 150 euros a partir de 2022 e um aumento mensal de 35 euros por trabalhador em cada ano, compromisso que não foi cumprido em Janeiro de 2021.

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O resultado das negociações é válido já no ano de 2023, tanto para a Secil, empresa de produção e comercialização de cimento, betão, agregados e argamassas, como para a Cimentos Madeira. As actualizações serão processadas em Fevereiro, com retroactivos a Janeiro de 2023.

O que significa este acordo é que, na tabela salarial de 2023, o salário mais baixo passa a ser 1 061,54 euros e o mais alto de 3 584,42 euros: um aumento salarial mínimo de 110 euros, máximo de 180,41 euros.

Para além dos aumentos salariais, foi também negociado pela federação sindical afecta à CGTP, o aumento dos valores das anuidades, subsídio de refeição, subsídio de turno, subsídio de apoio escolar e subsídio por nascimento ou adopção de filho.

«O aumento dos salários dos trabalhadores é imperioso, possível e determinante para assegurar maior crescimento económico, promover uma mais justa repartição da riqueza, aumentar a produtividade e incentivar a motivação laboral».

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