Em causa está a empresa Panificação Valinhos que, no distrito de Aveiro, integra seis trabalhadores, alguns com 32 anos de antiguidade, e produz cerca de 9000 pães e outros produtos alimentares por dia.
Mário Valinho é um desses funcionários, que em declarações à Lusa disse: «Estamos nesta situação desde terça-feira, quando chegámos às 22h30 à empresa para trabalhar e demos com as portas fechadas, sem receber nenhuma informação até agora».
Segundo o também porta-voz dos trabalhadores, os contactos com os sócios maioritários da empresa foram infrutíferos. «Ninguém nos disse nada e, mesmo quando fomos a casa de uns, escorraçaram-nos de lá», declarou, acrescentando que o advogado da gerência remete qualquer esclarecimento só para a próxima semana.
«O sindicato [de Hotelaria do Centro] diz que temos que continuar a vir todos os dias para a empresa como se fôssemos pegar ao serviço normalmente e nós temos estado aqui ao relento, à porta, entre as 22h30 e a 1h», disse Mário Valinho.
Em publicação nas redes sociais, o Sindicato de Hotelaria do Centro (CGTP-IN) informou que os trabalhadores irão decidir em reunião com o sindicato o que fazer face às cartas de rescisão de contrato que receberam hoje da empresa.
As três carrinhas transportadoras da panificadora continuam paradas junto às instalações e, «como a gerência não aparece na empresa desde domingo, já andaram a entregar encomendas sem guias de transporte», explicou Mário Valinho.
De acordo com os trabalhadores, nenhum equipamento industrial terá sido, no entanto, removido do local e também não há salários em atraso, «embora ninguém saiba se vai receber ou não por esta semana em que as portas estão fechadas».
Com Jornal de Notícias
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui