O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, endereçou na sexta-feira um convite aos trabalhadores da Gramax (antiga Triumph) para se deslocarem hoje a Belém, no qual afirmava estar interessado em reunir com os representantes dos trabalhadores e em «conhecer mais em pormenor a situação».
Os trabalhadores da Gramax estão em vigília à porta da empresa desde dia 5 de Janeiro, para impedir a saída das máquinas e exigir os salários em atraso, depois de terem tomado conhecimento de que a administração tinha iniciado um processo de insolvência.
Desde do início do piquete à porta da fábrica, têm pedido ao Presidente para aparecer na vigília, tendo até organizado um pequeno-almoço solidário para o qual foi convidado, mas este nunca apareceu.
Mesmo assim, as mulheres da fábrica de Sacavém continuavam esperançosas que o «presidente dos afectos» viesse dar «um bocadinho de apoio» à sua causa mas que, sobretudo, este interviesse a seu favor de forma a aliviar a dramática situação por que passam.
Esta manhã, em resposta ao convite e acompanhadas por vários trabalhadores que permaneceram à porta numa concentração, as três representantes do Sintevcc (CGTP-IN) entraram na residência oficial mas, invés do Presidente, foram recebidos por assessores de Marcelo Rebelo de Sousa, pois o mesmo encontrava-se ausente.
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