O protesto é dinamizado pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e será no formato de desfile, entre Santos e São Bento, pelas 18h, terminando com a entrega de um documento reivindicativo com os principais problemas dos polícias.
Carlos Oliveira, da ASPP/PSP, informa o AbrilAbril das várias questões que afectam a actividade da Polícia de Segurança Pública e que estão na origem desta acção. Desde logo a «conclusão dos concursos abertos para todas as categorias profissionais», que foram abertos em Dezembro do ano passado e ainda não foram concluídos.
A publicação da lista dos 800 profissionais que vão passar à pré-aposentadoria é outra das reivindicações, sendo que esta deveria ter sido publicada entre Janeiro e Fevereiro.
O dirigente da ASPP/PSP também denuncia lacunas no que diz respeito à segurança e saúde no trabalho, revelando que há polícias com dezenas de anos de serviço que nunca foram submetidos a quaisquer exame médico pela PSP e lamentando ainda que o Projecto de Lei do PCP neste sentido tivesse sido chumbado.
Aos vários problemas acresce a falta de meios e de viaturas e Carlos Oliveira dá o exemplo de viaturas que estão paradas durante dois ou três meses para reparação.
Os polícias exigem ainda a «rápida homologação das avaliações de 2016», uma vez que o aumento dos dias de férias só se pode concretizar através desta via, para além do descongelamento dos índices remuneratórios e da eliminação do factor de sustentabilidade a todos os aposentados.
Segundo a associação sindical, cada vez são exigidas «mais horas de trabalho, mais competências e mais sacrifícios», mas sem qualquer compensação e perpectivas de carreira. Os profissionais passam 15 anos no mesmo posto e só depois poderão progredir, «por falta de abertura de concursos, por falta de vontade política».
Acrescenta a ASPP/PSP que a falta de efectivos, principalmente para o serviço operacional, faz com que muitos profissionais sejam sobrecarregados e possam ser chamados a trabalhar em dias de folga sem ganhar mais por isso.
Os polícias defendem o cumprimento integral do estatuto profissional, uma vez que este já consagra várias questões que não são cumpridas, apesar de estar em vigor desde Dezembro de 2015.
Depois da entrega do caderno reivindicativo, e mediante a resposta do Governo, a ASPP/PSP decidirá sobre futuras acções a realizar.
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