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Sindicato da UGT reprime delegada sindical

Uma trabalhadora e delegada sindical num lar de idosos, em Brejos de Azeitão, gerido pelo Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (UGT), está a ser alvo de represálias após testemunhar em tribunal.

Hospital dos Serviços de Assistência Médico-Social (SMAS), que pertence ao Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI/UGT)
CréditosTIAGO PETINGA / LUSA

O caso é denunciado, em comunicado, pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), no qual são referidos os vários ataques patronais contra a trabalhadora do lar de idosos dos Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), em Brejos de Azeitão, no distrito de Setúbal.

Recordamos que a rede dos SAMS, desde lares a clínicas e o hospital nos Olivais, tem como entidade patronal a direcção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI/UGT), de momento presidida pelo deputado do PS Rui Riso.

Segundo o CESP, a trabalhadora tem sofrido represálias desde a sua eleição em 2015, como delegada sindical, tendo-lhe «sido retiradas funções, acessos, equipamento de trabalho, negada informação essencial ao desenvolvimento de funções, bem como uma tentativa de isolamento dos restantes trabalhadores».

Uma repressão que atenta à liberdade sindical e aos direitos básicos laborais da trabalhadora, frisa o CESP, que denuncia também que o caso de «perseguição e repressão» atingiu contornos mais graves, por parte da responsável do SBSI e da actual coordenadora do lar de idosos, «após ter sido testemunha abonatória em tribunal, num processo de despedimento ilegal de uma trabalhadora do lar».

Como represália, a 7 de Novembro, a trabalhadora recebeu a comunicação da extinção do seu posto de trabalho e da sua transferência para Lisboa, dando cumprimento às «ameaça verbais» e que o CESP considera ter como objectivo privar os trabalhadores do «acompanhamento diário e presencial da delegada sindical nesse local».

«O CESP e a sua estrutura sindical no SBSI/SAMS reafirmam o seu repúdio para com os recorrentes comportamentos incoerentes e injustificáveis, vindos de quem se auto-intitula de estrutura sindical (afecta à UGT), e cujo presidente da direcção é também deputado na Assembleia da República, eleito pelo PS», acrescenta o comunicado.

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