O Sindicato dos Trabalhadores da Industria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte irá realizar uma assembleia-geral no dia 19 de Setembro para aprovar uma proposta de aumentos salariais para 2017, tendo em conta que os salários estão congelados há cinco anos. O coordenador do sindicato, Francisco Figueiredo, num balanço que fez à imprensa sobre as 25 acções de protesto que o sindicato realizou este mês junto de hotéis, restaurantes, cafés e pastelarias da região, revelou que estas «já resultaram», sendo que algumas empresas de restauração já «procederam a aumentos salariais».
O sindicalista afirmou que a proposta de um aumento salarial de 3%, com um mínimo de 30 euros, para 2016, «nunca se concretizou». Revelou que após a aprovação da proposta, «haverá uma concentração» à porta da Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), no Porto. Francisco Figueiredo sublinha que dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que «o Norte está acima de outras regiões, quer em proveitos como em dormidas» e por isso «não se justifica que não se dêem aumentos salariais».
Relativamente ao abaixo-assinado que o sindicato pretende enviar à APHORT em Setembro, reivindicando aumentos salariais no sector, Francisco Figueiredo referiu que conta já com 1080 assinaturas e que «tem sido bem acolhido por clientes». O dirigente sindical sublinhou que, além do aumento salarial, é objectivo lutar contra «o trabalho precário e trabalho ilegal e clandestino», que se regista sobretudo no sector da restauração.
«Há muito trabalho precário e ilegal em pastelarias e restaurantes», disse, acrescentando que em vários estabelecimentos os trabalhadores cumprem um horário de trabalho de 40 horas semanais, mas só são feitos descontos por metade das horas. «Esta situação já foi denunciada à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), mas esta não actua», referiu Francisco Figueiredo. Criticou ainda o recurso a empresas de trabalho temporário no sector da hotelaria, o que faz com que existam hotéis no Porto que «já não têm empregados».
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