A decisão foi tomada no plenário realizado esta manhã, junto à portaria da refinaria, em Sines. Num comunicado, a União dos Sindicatos de Setúbal (USS/CGTP-IN) recorda que estes trabalhadores efectuam funções de carácter permanente mas que, «fruto das concessões e ou prestações de serviço, estão contratados não pela Petrogal, mas sim por empresas prestadoras de serviços (EFATM, ATM, CMN e AC Services), que por sua vez recorrem a empresas de trabalho temporário».
Muitos destes trabalhadores estão há mais de 20 anos com vínculo laboral precário, embora desenvolvam um trabalho fundamental para a operação da refinaria. Como tal, acrescenta a USS, essa «"prestação de serviço" não pode ser encarada enquanto tal, mas sim como um serviço de natureza essencial e permanente para toda a operação de refinaria durante os 365 dias do ano».
Há cerca de 30 anos, a Petrogal acabou com parte da manutenção mecânica e eléctrica na refinaria, tendo passado a realizar este serviço com recurso a trabalhadores sujeitos a vínculos precários.
No último encontro, a 9 de Janeiro, decidiram perguntar à petrolífera o que está a fazer para salvaguardar os seus empregos, depois de a EFATM (cujo maior accionista é o Grupo Mello), ATM, CMN e AC Services, nas cartas que enviaram aos trabalhadores, terem alegado que não consideram viável manter a prestação do serviço devido aos baixos preços impostos pela Petrogal.
«Tendo como pano de fundo toda a grave situação desencadeada pelas cartas de despedimento enviadas aos cerca de 250 trabalhadores do Contrato de Manutenção da Refinaria de Sines, vimos indagar junto de Vossas Excelências sobre qual a forma encontrada para assegurar os postos de trabalho de todos aqueles trabalhadores, não perdendo de vista a efectividade de cada um no respectivo posto de trabalho na Área de Manutenção da Refinaria de Sines», lê-se na resolução aprovada e enviada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE SUL/CGTP-IN).
Fonte da Galp salientou à Lusa que «a refinaria de Sines é a maior unidade industrial do País, a mais complexa e tecnologicamente avançada, e representa cerca de 7% das exportações nacionais». Disse ainda que «as actividades de manutenção são um ponto essencial para a sua operação e requerem uma atenção permanente, que de forma alguma está posta em causa».
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