A greve teve início ontem, quarta-feira, dia em que contou com adesões entre os 50% e os 100%, na refinaria de Sines, onde a principal unidade de produção está paralisada, assim como os serviços de manutenção. Na refinaria de Matosinhos, a adesão era ontem de 100%, indicou a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).
Ao início da tarde de hoje, Arménio Carlos deslocou-se à unidade do Norte do País em solidariedade com os trabalhadores que participam no protesto, que se vai estender até dia 31, segunda-feira.
Os trabalhadores estão contra a «eliminação de direitos específicos do trabalho por turnos» e a «desregulação e o aumento dos horários», também por via do banco de horas, que, denunciam, «visam pôr os trabalhadores a trabalhar mais por menos salário».
Exigem que a administração «pare a ofensiva» contra a contratação colectiva e os direitos sociais, e que a riqueza produzida seja distribuída pelos trabalhadores, conseguindo assim melhores salários.
A Fiequimetal pretende reunir com o ministro do Trabalho, que, por força dos incêndios florestais, adiou há mais de um mês o encontro, que nem se realizou nem está calendarizado.
A estrutura sindical denunciou que, «tratando-se do cumprimento dos direitos, da lei e da Constituição, o que se verifica é que, uma vez mais, o Governo toma a opção de estar ao lado do poder económico e contra os trabalhadores».
A fixação de «serviços mínimos técnicos» levou a que as estruturas que emitiram o pré-aviso de greve interpusessem uma providência cautelar contra o que classificam como «serviços máximos». Ontem, o PCP emitiu uma nota de imprensa criticando a decisão do Governo de «acrescentar ilegalidades à ilegalidade» na definição dos serviços mínimos.
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