Contratação colectiva, salários compatíveis com as funções «altamente qualificadas», melhores condições de trabalho e a integração nos quadros das empresas às quais prestam serviços são uma parte das exigências dos trabalhadores em regime de outsourcing.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav/CGTP-IN) esclarece num comunicado que as principais reivindicações foram aprovadas ao longo de 56 reuniões plenárias realizadas, além deste, pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) e pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN), a nível nacional, desde o passado dia 17 de Setembro. No conjunto, «mais de dois milhares de trabalhadores» com vínculo a várias empresas outsourcing, em serviço para a MEO, NOS e Vodafone, entre outras, denunciaram a exploração de que são alvo.
«Os trabalhadores, de plenário em plenário, manifestaram estarem cansados de ser explorados com salários mínimos para trabalho altamente qualificado, manipulados com prémios enganadores, impedidos do direito à conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar, sem profissão devidamente qualificada, sem segurança no vínculo contratual e a prestar serviço durante anos para empresas donas dos serviços e que os rejeitam nos seus quadros efectivos», lê-se na nota.
Perante uma «insatisfação em crescimento», o Sinttav afirma que os trabalhadores, embora «conscientes das dificuldades exigidas», estão convictos de que estão no caminho certo para combater o que chamam de lei da selva, «há muito instalada na actividade dos call centers».
O Sinttav recorda que há mais de 100 mil trabalhadores a operar em call centers, «sem qualquer regulamento que os proteja».
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