A Federação dos Sindicatos dos Transportes (Fectrans) dinamizará no dia 14 de Julho um plenário/concentração de activistas e trabalhadores, no jardim de Santos, em Lisboa, às 10h. Nesta iniciativa, será apresentado um documento para entregar ao primeiro-ministro e serão decididas novas acções.
Os sindicatos reclamam soluções concretas para se garantir um serviço público de transportes de qualidade e seguro, que, segundo afirmam, o anterior governo pôs em causa com o seu plano de privatização dos sectores públicos.
As reivindicações dos trabalhadores
Os trabalhadores defendem a dotação dos transportes públicos dos meios técnicos, humanos e financeiros para que as empresas cumpram a sua função, e a defesa da EMEF pública, como empresa estratégica para o sector ferroviário.
Reivindicam ainda o fim da imobilização de material, que leva os utentes a estar mais apertados no Metro, ou a confrontarem-se com recorrentes supressões de circulações ferroviárias.
Protestam também contra a falta de quadros de pessoal, que são responsáveis pela supressão de dezenas de carreiras diariamente em todas as empresas.
Segundo afirma a federação sindical, há trabalhadores que ainda não puderam utilizar os seus dias de férias, de acordo com os calendários existentes nas empresas, como acontece na CP, que está a fechar bilheteiras para deslocar trabalhadores para os comboios. Outros exemplos são apontados: a Soflusa suprime turnos de serviço por falta de trabalhadores; na EMEF, no Metro, na CarrisBus, há falta de trabalhadores para dar resposta às necessidades de reparação e manutenção de autocarros e comboios; e, na CP, ainda não se concretizou a entrada dos trabalhadores autorizada pelo anterior governo, embora em número inferior às necessidades.
Os trabalhadores lutam contra a precariedade, tendo em conta que se recorre às empresas de trabalho temporário, mesmo ficando mais caro; e o custo passou a ser considerado prestação de serviço e não salarial.
Defendem a contratação colectiva, nomeadamente a reposição dos Acordos de Empresa no que concerne a diuturnidades/anuidades e evoluções nas carreiras profissionais; o aumento dos salários, que ainda são os mesmos de 2009; e a redução do horário de trabalho.
A necessidade de continuar a luta
Em comunicado, a Fectrans afirma que, apesar de valorizar os aspectos positivos da nova solução política proveniente da actual correlação de forças na Assembleia da República, não pode «aceitar que [...] se mantenham as medidas do PSD/CDS para o sector; não vamos ficar de braços caídos porque é possível e necessária uma nova política para o sector».
Neste âmbito, para além da concentração no dia 14, a Fectrans dinamizará uma semana de informação junto dos utentes dos transportes públicos, de 4 a 8 de Julho.
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