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Transtejo: Resposta a reivindicações suspende greve de Dezembro

Depois de várias lutas, os trabalhadores da Transtejo suspenderam a greve parcial de 20 a 23 de Dezembro após a administração da empresa ter apresentado proposta a responder às reivindicações salariais.

A USS/CGTP-IN chama a atenção para a necessidade de também se reconstituírem os serviços de manutenção da empresa e a recomposição dos quadros de pessoal.
Créditos / My Takkes

«Depois de diversas lutas dos trabalhadores da Transtejo, a administração/Governo apresentaram uma proposta no sentido de responder às reivindicações sindicais para o ano de 2021, que, não sendo aquilo que os trabalhadores desejavam, tem ganhos importantes e melhora o ponto de partida para a negociação de 2022», revela, em comunicado, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).

Desta forma, e tal como tinham afirmado em Novembro, tendo em conta esta nova posição, a greve marcada para o período de 20 a 23 de Dezembro foi suspensa.

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Transtornos da greve na Transtejo/Soflusa «são da responsabilidade» do Governo

Os trabalhadores que fazem as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul do Tejo cumprem o primeiro de três dias de greve parcial para exigir a valorização salarial e a recuperação da frota.

«Até onde quererão levar estas medidas?», questiona a Fectrans
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

Num último esforço para encontrar soluções de modo a evitar as greves na Transtejo e na Soflusa, os sindicatos reuniram-se esta segunda-feira com a administração das duas empresas, tendo flexibilizado a sua posição. No entanto, critica a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), através de comunicado, «encontraram do outro lado o bloqueio imposto pelo Governo do PS, que aposta no congelamento dos salários de quem trabalha». 

A estrutura sindical defende que os transtornos causados à população «são da responsabilidade das opções do Governo», que «não responde aos problemas» da Transtejo e Soflusa. A par da valorização dos trabalhadores, os sindicatos realçam a necessidade de recuperar a frota, que «cada vez tem mais navios imobilizados». 

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Transtejo/Soflusa: trabalhadores não se conformam com «aumento zero»

A greve parcial dos trabalhadores da Transtejo/Soflusa, empresas que asseguram a ligação fluvial entre Lisboa e a margem sul do Tejo, verificava, esta manhã, uma adesão de 100%.

A supressão de carreiras por falta de navios tem sido o quotidiano destas empresas
CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa cumprem hoje e quinta-feira uma greve parcial, de três horas por turno, para reivindicar uma actualização salarial.

«Até cerca das 9h, a adesão ao nível da operacionalidade é de 100% nas duas empresas. Não há navios a circular», disse Carlos Costa, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).

Os trabalhadores decidiram realizar esta greve depois de uma reunião a 30 de Junho com a administração que gere as duas empresas e que consideraram «inconclusiva».

«Colocamos novamente a questão à empresa de qual era a disponibilidade para negociar e a resposta que deu foi exactamente a que já tinha dado antes. Ou seja, não tem nada a dizer aos sindicatos. Portanto, tudo ficou na mesma», justificou na altura Paulo Lopes, da Fectrans.

Nos dias 16 e 17 de Junho, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa já tinha realizado uma greve parcial, de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de «aumento zero» nas negociações salariais, depois de uma primeira luta a 20 de Maio.

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«Sem trabalhadores e navios não há transporte fluvial», constata a Fectrans, que caracteriza a «posição de bloqueio» do Governo como uma chantagem sobre trabalhadores e utentes, «na óptica de aproveitamento do actual momento de eleições no País».

A greve parcial dos trabalhadores da Transtejo e da Soflusa decorre entre hoje e a próxima quinta-feira. A Federação reitera a «disponibilidade dos sindicatos para soluções que possam evitar mais uma greve que os trabalhadores não desejam, mas que não deixarão de fazer perante uma posição do ministro do Ambiente, que ouve as reivindicações e as possíveis soluções, mas que depois nada responde».

Os trabalhadores das duas empresas estiveram em greve no passado mês de Maio voltando a paralisar parcialmente em Junho e Julho.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

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Os trabalhadores da Transtejo, juntamente com os da Soflusa, fizeram várias greves parciais durante este ano, a última das quais em 21 de Setembro, devido a falhas nas negociações salariais entre a administração (comum às duas empresas) e os sindicatos.

A mais recente greve parcial aconteceu entre 8 e 12 de Novembro, durante três horas por turno, tendo abrangido vários sectores durante a semana e culminado com todas as categorias profissionais em greve no último dia.

As reivindicações dos trabalhadores são relativas a este ano e «podem ser suportadas pelos orçamentos da empresa e do Estado», pelo que a situação entretanto criada pelo chumbo da proposta do Orçamento do Estado no Parlamento e a marcação de eleições legislativas «não inviabilizam situações, basta haver vontade do Governo», referiu o sindicato.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.


Com agência Lusa

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