No comunicado emitido no passado dia 18, publicado no site da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), os trabalhadores acusam a administração da Valorsul de se recusar a negociar a revisão do Acordo de Empresa para 2016, e de tomar decisões «unilateralmente».
Simultaneamente explicam que a greve de 32 horas, anunciada a 26 de Setembro, se concretiza pelo facto de a empresa não ter reagido favoravelmente à informação saída dos plenários de trabalhadores realizados de 27 a 29 do mesmo mês.
«A posição da administração ficou clara quando esta, numa reunião com os representantes dos trabalhadores, no dia 10, confirmou que não pretende iniciar a negociação da revisão da tabela salarial e de outras matérias constantes do Acordo de Empresa, para o ano de 2016», lê-se no comunicado.
O cumprimento do direito à negociação colectiva e o aumento dos salários, actualizados pela última vez em 2009, são bandeiras que os trabalhadores insistem em manter erguidas, a par da «justa distribuição da riqueza criada com o seu empenhamento, esforço e dedicação», e de melhores condições de segurança e saúde no trabalho.
Além destas reivindicações, apontam medidas adoptadas unilateralmente pela empresa que põem em causa os direitos dos trabalhadores, como a imposição do cartão de refeição, o regulamento de avaliação de desempenho, a alteração ao seguro de vida e a entrega da portaria do Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar a empresas externas.
A comissão sindical e os trabalhadores afirmam que têm vindo a apresentar propostas alternativas a estas «medidas de gestão» mas a administração da Valorsul permanece inflexível.
A paralisação afectará os municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Sobral de Monte Agraço, Rio Maior, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
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