O Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD) afirmava da parte da manhã que a adesão à greve se aproximava dos 90% no subsector dos transportes de valores, em Lisboa e no Porto, referindo também o impacto nas portarias de hospitais e empresas de norte a sul do País.
Cerca de meio milhar de trabalhadores realizaram ainda uma manifestação da sede da associação patronal até à Assembleia da República.
«Os trabalhadores afirmam que desde 2012 andam a tentar fazer revisão do contrato colectivo de trabalho, mas que até agora ainda não conseguiram, uma vez que os patrões têm tido a estratégia de tentar fazer caducar o CTT»
O principal objectivo dos trabalhadores é defender o contrato colectivo de trabalho do STAD e conquistar uma melhoria de direitos, nomeadamente um «aumento digno de salários».
Os trabalhadores afirmam que desde 2012 andam a tentar fazer revisão do contrato colectivo de trabalho, mas que até agora ainda não conseguiram, uma vez que «os patrões têm tido a estratégia de tentar fazer caducar o CCT», denunciam num comunicado do STAD.
Desde de 2011 que os trabalhadores não tiveram aumentos, e afirmam estar «a perder poder de compra». Estes trabalhadores auferem pouco mais que o salário mínimo nacional. Por isso, defendem uma melhoria do CCT, nomeadamente um aumento salarial médio de 5,5% e a subida de um nível da tabela salarial dos trabalhadores vigilantes aeroportuários.
Afirmam-se contra a intenção do patronato de fazer caducar o CCT, de fazer aumentos salariais em apenas 1,5 %, de instituir o banco de horas, a taxa única de 40% para o trabalho extraordinário, «o roubo» das folgas compensatórias de trabalho extraordinário, ou «o roubo» do trabalho nocturno aos trabalhadores mais antigos.
«Estes trabalhadores auferem pouco mais que o salário mínimo nacional.»
Na resolução aprovada hoje, os trabalhadores expuseram mais reivindicações. Exigiram que a Autoridade para as Condições do Trabalho e o Departamento de Segurança Privada da PSP intervenham sobre as empresas que violem a legislação laboral, nomeadamente combatendo o trabalho não declarado e o dumping social. Reclamam a alteração do Código do Trabalho no que diz respeito à caducidade dos contratos colectivos, de forma a retirar ao patronato o poder de sabotar a negociação colectiva.
Exigem, para além disso, que entidades dos serviços públicos e do sector empresarial do Estado que adquiram serviços de vigilância possam cumprir a recomendação de custos mínimos, para impedir o dumping social. Requerem ainda a alteração da lei da segurança privada no sentido da dignificação dos trabalhadores.
Numa acção em que esteve presente Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, a direcção do sindicato foi mandatada para apresentar as suas reivindicações aos grupos parlamentares.
Estes trabalhadores também estão em greve ao trabalho extraordinário desde 22 de Outubro, e vão prolongá-la até dia 6 de Novembro.
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