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Visteon quer cortar nos salários

O director executivo da Visteon pretende impor o corte da retribuição dos trabalhadores em 20%, durante um período de quatro meses, mantendo a carga horária.

Trabalhadores da Visteon exigem que a empresa retome as negociações
Créditos / SIESI

Em comunicado divulgado este sábado, a comissão sindical do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN) na Visteon revelou que, tal como alguns trabalhadores, tomou conhecimento de um conjunto de medidas anunciadas pelo director executivo da multinacional, Sachin Lawande, com sede no Michigan, EUA, a pretexto do «combate à crise empresarial gerada pela pandemia».

Lawande afirma que a Visteon «tem um balanço sólido e a liquidez necessária para suportar a tempestade», mas terá de avançar para «uma série de medidas adicionais, a nível global, por forma a reduzir os custos e permitir à empresa alguma liquidez».

A comissão sindical afirma, no entanto, que é ilegal reduzir a retribuição dos trabalhadores «por mero decreto», em que se apresenta a imposição do corte da retribuição dos trabalhadores em 20%, durante um período de quatro meses, mantendo a carga horária.  Ou, como foi anunciado pelo departamento de Recursos Humanos, que não será pago o subsídio de alimentação aos trabalhadores que se encontram em regime de teletrabalho.

A comissão sindical sublinha que «a empresa não pode adoptar estas condutas, sob pena de infringir, de forma grave e grosseira, as disposições legais», pelo que insta os trabalhadores a rejeitar a intenção de reduzir os salários.

Admitindo que se vive um período «anómalo», a comissão lembra que «o risco empresarial é específico do empregador e não dos trabalhadores».

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